Declarações “descabidas, disparatadas, e de demagogia fácil ”. É desta forma que o Secretário Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos define as declarações da líder do PSD/Açores relativamente às SCUT.
José Contente devolve a acusação de “erro histórico”, referido por Berta Cabral, dizendo a líder dos social-democratas entra em contradições recorrentemente.
“Percebe-se Berta Cabral, como tem um endividamento muito grande na autarquia - quatro vezes superior àquele que tinha quando a líder do PSD entrou -, uma parte substantiva a empresas de construção civil, procura agora sacudir a água do capote e, em período de campanha, vem arvorar-se como defensora de um sector que atravessa dificuldades por retracção do investimento privado, por dívidas e menos investimento de autarquias, como a de Ponta Delgada”, refere José Contente, acrescentando que “erro histórico é fazer mais do que se pode pagar e não pagar aquilo que se faz. Seguramente, que esse erro é de Berta Cabral e não do Governo dos Açores”.
O Secretário Regional sublinha que já não é a primeira vez que a líder do PSD/A fala das SCUT procurando “iludir a opinião pública com afirmações incorrectas e que revelam o seu desconhecimento grave sobre um processo em que participou como deputada e que foi aprovado por unanimidade”.
O governante relembrou que em Novembro de 2001 Berta Cabral, então deputada, aprovou o concurso público internacional para as SCUT e nessa altura fez uma proposta de alteração para incluir mais estradas, “queria um concurso público internacional ainda maior. Não entendia na altura que deveria de haver faseamento de obras públicas”, como defende agora.
Berta Cabral “cometeu um erro histórico” quando alguns deputados do PSD/A na Assembleia Legislativa Regional pretendiam estender as SCUT à Transversal do Pico; à Via Vitorino Nemésio, que liga Angra do Heroísmo à Praia da Vitória; Urzelina-Manadas, em São Jorge – obras já concluídas - “mostrando, na época como agora, que desconhece a dimensão dos parâmetros do regime SCUT, isso sim era anular o faseamento das obras que agora defende”, afirma o governante.
Em declarações à comunicação social o Secretário Regional acusa Berta Cabral de “não perceber patavina do que é uma parceria público-privada”, reafirmando que se houvesse um faseamento na obra das SCUT em São Miguel não só as obras demorariam muito mais anos, como o investimento seria três vezes maior.
O membro do Governo Regional realça que todo o projecto SCUT foi alvo de uma sindicância apertada desde o início, amplamente discutido, transparente e rigoroso no quadro de um concurso público internacional.
A construção das SCUT não tem nada a ver com a saúde da construção civil, acrescenta José Contente, afirmando que a sustentabilidade financeira do sector depende do investimento privado e público e ultimamente a grande retracção do investimento privado na Região, pela falta de liquidez bancária, é que tem imposto alguns constrangimentos às empresas.
GaCS/VS
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