O Presidente do Governo dos Açores aproveitou a cerimónia comemorativa do 75º aniversário da Casa do Povo da Fajã de Baixo para enaltecer o papel daquele tipo de instituições na cooperação e no serviço social nas freguesias açorianas.
“Neste tempo em que se desenham tendências para a normalização cultural e para a degradação de processos de participação local, a existência de instituições desta natureza, pelo seu espírito simultaneamente gregário e difusor, é fundamental para contrariar essa ausência de participação cívica”, afirmou.
Para Carlos César há ainda um outro aspecto ligado à existência das Casas do Povo que não é despiciendo, como é o de estimular o gosto pela identidade comunitária, pela freguesia, e a paixão pelo espaço envolvente de cada um.
“Essa paixão cimenta e estimula a nossa ligação não só com a terra, mas também com as pessoas que nos são mais próximas, e isso encarna e potencia também o espírito cívico que hoje é tão ausente em tantas comunidades”, acrescentou.
Realçando que as Casas do Povo são importantes parceiras no desenvolvimento de políticas culturais e na contratualização da prestação de serviço social, o Presidente do Governo lembrou que, na região, funcionam sessenta e duas dessas instituições, com as quais o Governo Regional mantém uma estreita cooperação e um apoio que lhes permite responder às necessidades das populações no âmbito do apoio domiciliário, na ocupação de tempos livres e dos centros de dia.
Carlos César, que se intitulou de “fajanense de adopção”, já que reside há vários anos na Fajã de Baixo, elogiou a rica história da Casa do Povo local, hoje presidida por José Dinis Carvalho, e, lembrando que as suas actividades começaram e se mantiveram, por muito tempo, em instalações entretanto abandonadas, lembrou que, exactamente nessas instalações, vai ser montado o Centro de Interpretação da Cultura do Ananás, actividade intimamente ligada á história da freguesia.
O projecto está já concluído e o Presidente do Governo disse esperar que ainda este ano seja possível lançar o concurso público para a empreitada da sua construção, valorizando ainda mais a Fajã de Baixo, uma “freguesia participada e participativa”, como a classificou.
GaCS/CT
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