Mais de oitenta por cento da rede rodoviária regional foi reabilitada nos últimos anos, um grande esforço de investimento público que tem que ser alvo de uma cuidadosa manutenção no futuro. Este foi um dos desafios lançados hoje pelo Secretário Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos, durante a cerimónia de assinatura de dois contratos de empreitada.
José Contente sublinhou que, no futuro, “é preciso insistir num programa de manutenção das infraestruturas regionais, quer sejam estradas, quer sejam edifícios públicos ou outras. Será uma grande batalha para, com menos dinheiro, manter aquilo que foi construído até este momento”, evitando, assim, que dentro de algumas décadas tenha que ser feito tudo de novo.
O governante, que assinou hoje os contratos de empreitada de reabilitação da E.R. 3-2ª, no troço entre o Cruzeiro, a freguesia do Capelo e o Ramal da Fajã, e a freguesia da Praia do Norte, passando pelo Norte Pequeno, numa extensão aproximada de oito quilómetros, na ilha do Faial, e a construção do arruamento de acesso à escola de Água de Pau, no concelho de Lagoa, referiu que com estas obras “estamos a cumprir o nosso plano de investimentos e a cumprir alguns objetivos que ainda temos em algumas ilhas, como no caso do Faial, com a qual concretizamos uma aspiração dos habitantes daquela zona da ilha”.
O governante salientou ainda que estas e outras empreitadas que estão a decorrer representam mais uma oportunidade às empresas de construção civil que, de algum modo, veem nas obras públicas a garantia necessária para manterem os empregos e, naturalmente, contribuírem para que o tecido social e económico dos Açores se mantenha nos níveis adequados.
José Contente acrescentou, a propósito, que o investimento público manter-se-á mas não poderá suprimir as dificuldades criadas no setor fruto da retração do investimento privado, em grande parte alicerçado no comportamento da banca.
“Só para termos uma ideia, entre 2007 e 2011 a banca investiu menos 620 milhões de euros nos Açores, no balanço entre aquilo que arrecadou e aquilo que emprestou. E isso é, de facto, um valor extremamente alto e prejudicial para a economia regional”, criticou o Secretário Regional, afirmando ainda que além das medidas restritivas do Governo da República, este fator está a condicionar o investimento privado açoriano, “muito prejudicial em setores como a construção civil”.
Os trabalhos de empreitada, no troço da rede viária da Horta que vai ser intervencionado, numa extensão de oito quilómetros, preveem a construção de valetas para drenagem de águas pluviais, o saneamento do pavimento, correção de curvas, colocação de massas betuminosas, incluindo a pavimentação e reforço da sinalização horizontal.
O arruamento que vai ser construído em Água de Pau, que garante o acesso às instalações da nova escola, estabelece a ligação entre as Ruas do Foral Novo e dos Moinhos, numa extensão de cerca de 500 metros, será pavimentado e ladeado por lancil e passeios, no lado da escola, e no lado oposto, por valetas. Ambas foram adjudicadas à empresa Afavias – Engenharia e Construções dos Açores, num investimento conjunto de 1,3 milhões de euros.
2012.04.27- SRCTE-AssinaturaContratosEmpreitada.mp3 |
GaCS
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