A economia do futuro e o desenvolvimento regional e nacional passam pela exploração dos recursos naturais, do mar e do espaço, enquanto áreas que promovem a centralidade geoestratégica dos Açores, afirmou ontem o Secretário Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos.
José Contente, que representou o Presidente do Governo Regional no encerramento do curso de Defesa Nacional, referiu que a Região está a desenvolver vários projetos científicos que projetam o nome dos Açores, garantem emprego qualificado e qualificam o arquipélago, ao mesmo tempo que valorizam a posição geoestratégica dos Açores no mundo.
O governante realçou a importância do hipercluster do mar nos Açores, sublinhando, ao nível da segurança marítima, o projeto do Centro de Vigilância Marítima do Atlântico Norte, da Estação da ESA em Santa Maria, que fotografa, via satélite, as águas territoriais desde a costa norte-americana até Cabo Verde e ajuda a prevenir catástrofes ambientais, além de salvaguardar a segurança costeira e marítima.
“Este projeto é estratégico e dá centralidade aos Açores, mas temos avançado com outros projetos qualificantes que também reforçam a nossa posição geoestratégica e geram emprego qualificado”, disse José Contente, apontando a parceria com o Instituto Geográfico Nacional de Espanha para a implementação, em Santa Maria e nas Flores, de duas estações de radioastronomia e geodesia e um centro de controlo em São Miguel.
O Secretário Regional referiu ainda os projetos na área da climatologia, o PICONARE, no Pico, a medição da radiação atmosférica e o SUPERDARN na Graciosa, a estação de deteção de ensaios nucleares, também na Graciosa, e a aposta na cartografia digital, foram outros dos projetos enumerados pelo governante.
“Todos estes projetos são peças fulcrais com os quais nós estamos a alavancar a economia do conhecimento e a fundar um novo pilar na economia regional, para qualificarmos os Açores e o país”, acrescentou, a propósito.
Na cerimónia de entrega dos diplomas aos 29 novos auditores, José Contente aludiu aos novos desafios dos Açores, comparando-os à epopeia marítima promovida por D. João II, frisando que a Região “deve também liderar as decisões sobre os projectos e processos de exploração dos nossos recursos naturais, terrestres e marinhos, utilizando todas as armas ao nosso alcance na defesa intransigente da Autonomia"
GaCS
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