Os resultados apresentados pelos últimos censos da agricultura realizados no país, indicam que os Açores são uma Região onde o rendimento médio anual por unidade de trabalho é duas vezes e meia superior ao continente, o que leva o Secretário Regional da Agricultura e Florestas a considerar que estes elementos “são um bom ponto de partida para analisar e perspetivar a agricultura para o futuro”.
Noé Rodrigues, que falava em representação do Presidente do Governo, na sessão de abertura de um colóquio subordinado ao tema “Saúde Animal e Produção Agropecuária – Estratégias Futuras na Região Autónoma dos Açores”, organizado pela Ordem dos Médicos Veterinários, revelou que “apesar das dificuldades apresentadas hoje em dia pelos mercados, o setor agrícola açoriano tem crescido muito, em todas as áreas, e os indicadores de 2012 revelam já que este crescimento se vai manter”.
O governante mostrou-se ainda satisfeito pela “cumplicidade” existente entre a Ordem dos Médicos Veterinários e o Governo dos Açores e que tem conseguido êxitos na prevenção e combate de doenças animais, na rastreabilidade e segurança alimentares e em áreas de proteção ambiental como é o caso dos resíduos, fazendo com que os Açores se destaquem pelo seu bom estatuto sanitário e pela evolução positiva do efetivo pecuário.
Noé Rodrigues recordou o investimento estratégico que o Governo tem levado a cabo na modernização e renovação no parque industrial leiteiro, da criação da rede regional de abate - que abriu novas oportunidades ao setor da carne - e do investimento que “melhorou sem precedentes” as infraestruturas do ordenamento agrário, que permitiu a modernização das explorações agrícolas e o rejuvenescimento do setor na Região.
“Nós hoje temos um setor onde, não só não houve, como no continente, abandono de terras agrícolas, como temos uma dimensão média económica das explorações que cresceu no último decénio, 70,4 por cento acima da média nacional, melhoramos 85 por cento dos prados e pastagens e somos uma das regiões da europa onde o nível de alfabetização dos jovens agricultores é mais elevada”, sublinhou.
Por fim, Noé Rodrigues considerou importante o reconhecimento nacional dos médicos-veterinários públicos e privados e a definição jurídica do seu “ato médico” proporcionando-lhes um melhor estatuto o que, “iria seguramente ajudar a fidelizar os consumidores naqueles que são os produtos de origem animal da Região”.
GaCS
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