terça-feira, 3 de julho de 2012
Se os subsistemas nacionais pagassem o que devem, hospitais açorianos já podiam pagar a tempo e horas aos fornecedores de medicamentos
O Secretário Regional da Saúde assegurou hoje, no Parlamento açoriano, que se os subsistemas nacionais da responsabilidade do Governo da República pagassem o que devem à Região, os hospitais dos Açores já podiam pagar “a tempo e horas” aos fornecedores de medicamentos.
Segundo indicou Miguel Correia, só aos três hospitais dos Açores os subsistemas nacionais devem atualmente 28 milhões de euros e essa dívida sobe mesmo para os 40 milhões se se alargar o seu âmbito às unidades de saúde de ilha.
Se o PSD/Açores quer ajudar nesta questão, então, em vez de atacar o Governo Regional pelo atraso no pagamento dos hospitais aos fornecedores de medicamentos, devia era “pedir ao Governo da República que pagasse ao Governo Regional aquilo que deve”, disse o governante.
Lembrando que hospitais açorianos são financiados de igual modo ao que sucede com os hospitais do continente “com igual dimensão e complexidade clínica”, Miguel Correia sublinhou, todavia, que o atraso médio no pagamento aos fornecedores de medicamentos nos Açores é muito inferior (210 para 491 dias) ao do continente.
Para Miguel Correia, se o equilíbro económico do setor pode ser possível, já o equilíbro financeiro “é mais complicado”, sobretudo se os subsistemas nacionais não nos pagam.
O governante lembrou ainda que o Governo dos Açores tem vindo a reforçar os contratos-programas com os hospitais da Região, cujos valores passaram de 92 milhões de euros em 2008 para 121 milhões de euros em 2012.
Comparativamente com 2008, o hospital de Ponta Delgada teve este ano um acréscimo de 74%, o de Angra do Heroísmo mais 33% e o da Horta mais 69%, exemplificou Miguel Correia.
Como se vê, argumentou o Secretário Regional da Saúde, não é verdade que nós não tenhamos feito nada para resolver o subfinanciamento dos hospitais, pois têmo-lo feito, aumentando progressivamente o valor das transferências financeiras para os hospitais.
“Aquilo que não tem havido por parte desta Assembleia Legislativa na discussáo do Plano e do Orçamento são alterações orçamentais para reforçar os orçamentos dos hospitais”, queixou-se Miguel Correia, adiantando que em novembro esta “Assembleia esteve calada e não fez qualquer tipo de proposta de alteração orçamental” e “quem reforçou o orçamento dos hospitais e do Serviço Regional de Saúde foi o Governo e o PS”.
Anexos:
2012.07.03-SReS-DívidasFornedecoresMedicamentos.mp3
GaCS
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