O Vice-Presidente do Governo destacou hoje a importância do Plano Integrado de Gestão de Resíduos dos Açores para permitir transformar “um problema do passado numa oportunidade do futuro”, numa altura em que duas ilhas do arquipélago, Flores e Graciosa, lideram o ‘ranking’ nacional ao nível da reciclagem.
“Os resíduos, sendo um problema ambiental no passado, podem ser no futuro uma matéria-prima devidamente valorizada, que acrescente valor à atividade económica regional, criando riqueza e emprego”, afirmou Sérgio Ávila, na intervenção que proferiu na cerimónia de assinatura de um contrato de concessão de incentivos com a empresa Resiaçores, que foi presidida pelo Presidente do Governo, Vasco Cordeiro.
Na ocasião, o Vice-Presidente anunciou que, segundo os dados mais recentes da Sociedade Ponto Verde, as ilhas das Flores e da Graciosa foram, nos primeiros quatro meses deste ano, as zonas do país com maior taxa ‘per capita’ de reciclagem de resíduos.
“Os Açores lideram o ranking nacional de reciclagem de resíduos, o que permite dar um exemplo ao país em termos de proteção ambiental e de modernidade”, frisou.
Para o Vice-Presidente, o Plano Integrado de Gestão de Resíduos dos Açores, que envolve um investimento global superior a 100 milhões de euros e está a cumprir “integralmente” a calendarização prevista, permitirá “transformar os resíduos sólidos num problema do passado e numa oportunidade do futuro”.
Nesse sentido, as nove ilhas do arquipélago estão a ser dotadas com infraestruturas que permitirão responder a um objetivo ambiental, através da recolha e tratamento de todos os resíduos, mas também ao objetivo da sua valorização, que Sérgio Ávila considerou ser também uma “componente extremamente importante”.
O contrato hoje assinado entre a Região e a Resiaçores prevê a atribuição de um incentivo financeiro de cerca de 800 mil euros, para comparticipar um investimento total que ascende a mais de 1,2 milhões de euros, destinado ao equipamento do centro de processamento de resíduos e do centro de valorização de resíduos da ilha das Flores.
“Fica concluída esta fase deste vasto projeto que visa, com um esforço conciliado de investidores privados, do Governo e dos municípios desta ilha, irradiar definitivamente algo que punha em causa a qualidade ambiental da ilha, que era a existência de lixeiras a céu aberto”, salientou Sérgio Ávila.
O Vice-Presidente recordou que “esta realidade já não existe”, nem era compatível com a classificação das Flores como Reserva da Biosfera da UNESCO, assumindo o compromisso de, no âmbito do próximo Quadro Comunitário de Apoio, proceder à selagem das lixeiras existentes nesta ilha, num investimento global superior a 1,1 milhões de euros.
GaCS
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