segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Lançamento dos livros "Contos Tradicionais Açorianos" e "Aquela Palavra Mar" no Museu dos Baleeiros



O Museu dos Baleeiros, nas Lajes do Pico, acolhe no próximo sábado, pelas 21:30 horas, o lançamento dos livros Contos Tradicionais Açorianos de Teófilo Braga e Aquela Palavra Mar, organizado e editado, respectivamente, por Anabela Mimoso.

Enquadrado nas comemorações do 1.º Centenário da Implantação da República, o lançamento da antologia Contos Tradicionais Açorianos visa homenagear o açoriano Teófilo Braga.

Todavia, mais que o militante republicano, o Presidente do Governo Provisório da República Portuguesa ou, ainda, o fugaz Presidente da República, em substituição de Manuel de Arriaga, Anabela Mimoso pretende sobretudo homenagear o antologista micaelense de Cantos Populares do Povo Açoreano (1869) que, re-editados pela Universidade dos Açores em 1982, se encontram há muito esgotados.

Para colmatar essa lacuna cultural, Anabela Mimoso organizou uma obra de grande rigor científico a nível metodológico, histórico e definitório, que reúne 31 textos de procedência açórica, coligidos em três secções distintas (“Contos de fada e Casos da Tradição Popular”, “Casos e Facécias da Tradição Popular” e “Lendas, Patranhas e Fábulas”).

À recolha efectuada, este trabalho acrescenta ainda as versões anteriores (e subsequentes variantes) de Adolfo Coelho e de Sylvio Romero, e menciona, em quadro explicativo que resume as indicações teofilianas, as suas proveniências de ordem vária.

Já o lançamento do texto infanto-juvenil Aquela Palavra Mar, quer do ponto de vista narratológico, quer numa perspectiva temática, engloba motivos como a analogia mito e infância, a equivalência entre infância e palavra poética e a vinculação do sonho à infância.

A história em apreço afigura-se acessível para os leitores de palmo e meio, estimulando a participação do jovem leitor na reconstrução do sentido, sobretudo devido a uma excelente coesão e coerência textuais.

Para além da aproximação entre a infância, a idade mítica, o ser, o isolamento do ilhéu, merece também referência nesta obra a extrema visualidade da escrita feliz de Anabela Mimoso.



GaCS/FG/DRaC

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