O navio "Atlântida" está há cerca de dois meses à venda na página da Internet de uma empresa de corretores de transportes marítimos brasileira, mas até ao momento "não existe qualquer proposta" concreta, avançou à Lusa o seu director.
"Não existe qualquer proposta pelo 'Atlântida'", afirmou Ronaldo Werner Frank, o director da corretora 'Frank Shipbrokers LDA', uma empresa criada em 1987, sedeada no Rio de Janeiro, e que funciona como intermediária na compra e venda de embarcações de todos os tipos, como refere o 'site', http://www.frankshipbrokers.com/.
Werner Frank, o engenheiro naval que dirige esta corretora ('broking company', em inglês), disse ainda que foi contactado por uma empresa brasileira em representação da Empordef, a 'holding' do Estado português para a Defesa, que desejava pôr o navio inicialmente destinado ao Governo Regional dos Açores à venda.
A página da empresa contém as características gerais do navio e um 'preço de negociação' de 68 milhões de dólares, pouco mais de 47 milhões de euros, sensivelmente o que os Açores iriam pagar à Empordef.
Para que se avance com uma eventual negociação, Ronaldo Werner Frank referiu que é necessário que a empresa ou a entidade interessada forneça todos os dados que confirmem a sua existência e para que se verifique que a intenção de compra é "verdadeira".
Por seu lado, o presidente da Empordef, António Jorge Rolo, confirmou num e-mail enviado à Lusa que "tem havido ao longo dos últimos meses vários contactos por parte de 'brokers' solicitando informações sobre as características do 'Atlântida' por terem recebido manifestações de interesse por parte de clientes seus", mas não há "até à data qualquer proposta firme ou concreta para a sua aquisição".
No passado fim-de-semana, o jornal "Diário de Notícias" ter dado conta do interesse de um armador norueguês e de um empresário açoriano emigrado no Canadá.
Fonte dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) disse entretanto à Lusa que "não acredita" que o 'Atlântida' seja vendido a um novo comprador ainda durante esta legislatura, mas que "existem vários interessados", e que a Empordef só deverá avançar com o negócio depois de ver concluídos os dois inquéritos que solicitou.
Sobre a auditoria técnica pedida ao Instituto Superior Técnico (IST) após a rescisão do contrato pelo Governo açoriano, o presidente da empresa, Jorge Rolo, adiantou que "está previsto" que o seu relatório final "seja entregue no decurso do mês de Agosto".
Já o prazo para a entrega do relatório da inspecção extraordinária "ao procedimento pré-contratual e contratual relativo à construção do navio", solicitada às Inspecções-Gerais de Finanças e de Defesa Nacional, "termina no início de Setembro", declarou à Lusa fonte do ministério da Defesa.
Fonte: Expresso
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