Agora é possível conhecer e descobrir as belezas escondidas no fundo do mar junto à costa micaelense. Para tal, basta dirigir-se à Marina de Ponta Delgada, onde se encontra o Seabottom, o barco com fundo de vidro.
O Seabottom já tem percorrido a costa de São Miguel, levando a bordo, além de clientes curiosos e com o gosto de descobrir ou até mesmo de rever o que há no fundo mar, um skipper para levar o barco aos pontos exactos, e um biólogo marinho que explica tudo o que se vê e responde a todas as dúvidas.
Segundo um dos proprietários desta embarcação, Herberto Faria, a ideia de trazer um barco deste tipo "já surgiu há algum tempo", tendo acabado por descobri-lo na Rússia.
Foi lá que Herberto Faria e Valter Medeiros (outro proprietário da embarcação) conseguiram encontrar uma fábrica que construísse um barco desta natureza. "Este barco foi pedido exclusivamente para este fim".
"É um barco que tem todas as condições e que se adapta às nossas condições de mar e ao tipo de deslocações que nós fazemos", revelou Herberto Faria.
O Seabottom iniciou as suas viagens há cerca de três semanas, estando a ter, até ao momento, grande aceitação, não só pelo público local, como também por turistas de diversos países.
"Este é um barco insubmersível, muito seguro e confortável. Portanto, quer sejam jovens, quer sejam idosos, podem vir navegar connosco sem qualquer inconveniente. Há todas as condições para que todos possam ver o fundo do mar em segurança, inclusive no Inverno", informou.
Herberto Faria salientou ainda que está convicto que, mesmo na estação mais fria, em que o tempo não é muito favorável para saídas para o mar, "as viagens no Seabottom vão continuar a ser atrativas".
Neste momento, os passeios no Seabottom podem ter a duração de 1h30 ou de 3h30, consoante o destino de observação. Além disso, "consoante as condições do mar e do vento, as saídas ou são para o lado da Caloura ou para o lado dos Mosteiros", disse o empresário.
Para Herberto Faria, o objectivo deste barco é de "informar e transmitir conhecimento. Além disso, tem também um fim ecológico, porque é um barco que permite o enriquecimento e o conhecimento de áreas do nosso planeta ainda desconhecidas".
Também para o biólogo marinho que está sempre presente em todas as viagens do Seabottom, o objectivo é semelhante. "A maior finalidade deste barco, principalmente para as pessoas da Região, será mostrar-lhes o mar a que pertence a todos e que vale a pena preservá-lo, porque este irá ser visualizado pelos seus filhos e pelos seus netos", disse Bruno Fernanbuco.
O biólogo revelou ainda que "a nível de fauna temos, de facto, muitas algas. Vimos por vezes águas-vivas quando estava na altura delas, e vimos também todos os peixes característicos aqui na zona da Região dos Açores, nomeadamente Vejas, Lírios, Peixe Porco, Salemas, Sardinhas, Rainhas, entre outros".
Bruno Fernanbuco referiu ainda que "nenhuma viagem é igual, porque nunca sabemos o que vai passar por debaixo do barco".
Fonte: Acoriano Oriental
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