O presidente do Governo dos Açores anunciou ontem, na Horta, que o executivo vai iniciar um plano de instalação de mais equipamentos de frio e de produção de gelo nas zonas portuárias da Região, para “aumentar a qualidade de conservação do pescado e assim valorizar a produção”.
Carlos César falava na cerimónia de lançamento da primeira pedra da construção de 30 casas de aprestos para os pescadores do porto da cidade faialense, um investimento superior a 700 mil euros.
Segundo disse, concluída em breve a construção de casas de aprestos em toda a Região – mais de 650, no final do ano - é agora tempo de dirigir o esforço de investimento nas pescas para o reforço da rede de conservação do pescado.
O chefe do executivo regional reiterou, por outro lado, a determinação do Governo em promover, em conjugação de esforços com a LOTAÇOR e os pescadores, formas mais justas de remuneração do pescado na primeira venda, uma vez que a disparidade entre esse preço e o que paga o consumidor é muito grande, ficando a maior parte dos lucros para os intermediários.
Algumas experiências, nesse sentido, realizadas em algumas lotas, “têm dado resultados positivos, elevando os preços na primeira venda”, revelou.
Por considerar que a actividade piscatória sustentável é essencial à economia açoriana, Carlos César reafirmou o empenho do Governo em “lutar na União Europeia pela protecção da nossa Zona Económica Exclusiva” (ZEE).
Nesse domínio, lembrou, o processo de recuperação da ZEE que o Governo colocou junto dos tribunais europeus, só por si, já constituiu “um acréscimo de influência por parte da Região Autónoma em termos diplomáticos, para encontrarmos melhores mecanismos e melhores ambientes de defesa do nosso património pesqueiro”.
Carlos César considerou também relevantes os factos de se ter conseguido acabar com algumas artes de pesca mais depredadoras e de a Comissão Europeia ter reconhecido oficialmente a existência de uma região marinha distinta e específica para a Macaronésia.
Fonte: GaCS
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