domingo, 16 de agosto de 2009

Reconstrução do sismo de 1998 foi um dos maiores projectos realizados nos Açores



O processo de reconstrução do sismo de 1998 “foi, seguramente, um dos maiores projectos jamais realizados nos Açores”.

A afirmação é do presidente do Governo açoriano, falando aos jornalistas no final da cerimónia de consagração da igreja da Prainha do Norte, na ilha do Pico, após obras de requalificação e restauro, financiadas pelo executivo regional em 75% do custo total.

“Foram três mil novas casas, nas quais se investiram mais de 250 milhões de euros, dezenas de plataformas logísticas e infra-estruturas, que estão hoje completamente renovadas e, também, um investimento público que deverá atingir os 25 milhões de euros para a reconstrução de igrejas e estruturas pastorais”, lembrou Carlos César.

O chefe do executivo açoriano disse estimar que, após este processo, o “património religioso esteja mais qualificado e mais valorizado, apesar do muito que havia para fazer, independentemente das circunstâncias infelizes decorrentes do sismo”.

Importante realçar, disse, é que as ilhas do Faial e do Pico, em termos habitacionais, “têm uma estrutura bastante renovada, muito preparadas para circunstâncias do género, que não queremos que se repitam, e que foi um processo, quer do ponto de vista da engenharia sísmica que foi considerado como exemplar, como do ponto de vista social, que é de grande qualidade”.

Carlos César lamentou que este processo tenha sido contestado, “pela oposição, por alguns sectores, de modo permanente”, e em que houve um período em que “o próprio Governo da República anterior nos retirou o dinheiro para continuarmos esta reconstrução, mas nós fomos persistentes e conseguimos manter outros financiamentos e chegámos ao fim”.

Interrogado sobre o tempo em que decorreu o processo de construção, Carlos César disse que foi “razoável”, defendendo que esse tempo não deve ser medido em termos das “impaciências do momento”, mas sim em “termos históricos”, salientando que o que foi ganho em qualidade evidente e afirmando que não se sabe “se será possível repetir a intensidade dos apoios às famílias” facultados neste caso.

Em suma, disse o chefe do executivo açoriano, para além da reconstrução das casas e infra-estruturas comunitárias, no que respeita às estruturas religiosas, “pode ter demorado mais tempo”, porque o Governo comparticipa essas situações em 75% dos casos, mas foi tudo realizado “de acordo com a comissão da Diocese que gere este processo”.


Fonte: GaCS

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