Os aviões que fazem escala no Aeroporto João Paulo II, em Ponta Delgada, estão impedidos de reabastecer na ilha devido a uma "contaminação do combustível", revelou hoje fonte da Secretaria Regional da Economia (SRE).
Numa nota informativa enviada aos órgãos de Comunicação Social, o departamento do Governo Regional responsável pelos transportes aéreos lembra que o fornecimento de combustível às aeronaves no Aeroporto de Ponta Delgada "é da responsabilidade exclusiva das gasolineiras com as quais esse serviço está contratualizado".
"Não obstante, a Secretaria Regional da Economia está a acompanhar, em permanência, o assunto, através da Direcção Regional dos Transportes Aéreos e Marítimos, no sentido do seu rápido solucionamento", adianta a mesma fonte.
A SRE refere já ter disponibilizado o navio "EBERHART ESSBERGER" (fretado para o transporte marítimo de combustíveis inter-ilhas), para "colaborar nas operações que se entenderem necessárias" no sentido de repor os stock's de Jet-fuel na ilha com a devida qualidade.
Enquanto isso, os aviões que escalam o Aeroporto João Paulo II estão a reabastecer no Aeroporto Internacional de Santa Maria (a ilha mais próxima de São Miguel), o que tem originado atrasos nas ligações aéreas inter-ilhas e entre a Região e o Continente, para além de transtornos aos passageiros.
Entretanto, o Governo Regional anunciou já ter transmitido orientações à SATA para elaborar um plano de contingência com o objectivo de "minorar os constrangimentos que irão ocorrer no transporte aéreo de passageiros inter-ilhas e com o exterior".
"A Secretaria da Economia transmitiu, igualmente, orientações à SATA, para avaliar juridicamente a situação de forma a vir a accionar os mecanismos legais com vista a ser ressarcida de eventuais prejuízos", refere ainda a nota informativa.
Recorde-se que este é o segundo caso de contaminação de combustível destinado à aviação que se verifica nos Açores em menos de um mês.
Durante 20 dias, os aviões que fizeram escala no Aeroporto da Horta, ilha do Faial, também estiveram impedidos de reabastecer na ilha, porque os tanques de jet-fuel apresentavam um nível de biodiesel superior ao permitido.
Na altura, o caso suscitou críticas por parte dos dirigentes locais do PSD e do PS.
Fonte: Expresso
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