O plano concebido pelo Governo dos Açores, em "constante diálogo" com os agricultores e dirigentes associativos e cooperativos, para a reabilitação da produção do queijo de São Jorge foi um êxito realçado hoje, naquela ilha, pelo chefe do executivo, Carlos César.
Falando na inauguração das novas instalações da queijaria FINISTERRA, no Topo, o presidente do Governo disse que esta obra completa esse processo, "honrando a nossa palavra e os nossos compromissos".
"Recuperaram-se os atrasos de pagamentos, devolvendo a esperança aos produtores de leite, saneámos e desendividámos as cooperativas, relançando-as para a sua função maior de empresas de transformação, executaram-se os projectos para as novas queijarias, habilitando-as à produção em condições higio-sanitárias para uma marca de referência, concentraram-se os processos de comercialização, promovendo-se maior eficiência com a liderança da Uniqueijo e reforçámos os apoios à cura e armazenagem do queijo", recordou Carlos César.
Este processo foi "uma verdadeira reforma do sector, com coragem e com determinação e com o apoio da maioria dos lavradores, dos cooperantes e da população", salientou o chefe do executivo, acrescentando que ainda "não é uma tarefa acabada mas já é uma tarefa bem conseguida".
Paralelamente a este processo, o Governo ajudou a criar serviços de apoio aos agricultores, quer no âmbito do contraste leiteiro e da melhoria genética dos efectivos pecuários, quer no âmbito das acções de informação, de vulgarização e da formação profissional.
"Conseguimos, também, melhorias no abastecimento de água, reforçámos o investimento nos caminhos agrícolas, rurais e florestais e investimos muito nas infra-estruturas sanitárias e nas acções previstas no "Plano Global de Sanidade", melhorando significativamente o estatuto sanitário do efectivo bovino", disse ainda Carlos César.
Este esforço, que o Governo Regional desenvolveu, "tem sido, felizmente, bem aproveitado", salientou, exemplificando com o facto de, "não obstante a produção de leite se manter estável, o queijo comercializado cresceu 16% nos últimos três anos e o queijo certificado aumentou em 15% no mesmo período".
A nova fábrica da FINISTERRA representa um investimento total de mais de oito milhões de euros, com uma comparticipação pública de cerca de 6,1 milhões, e é uma obra que o Governo considerou "muito importante" para a zona do Topo, consolidando actividade económica, criando e mantendo emprego e população.
"Estivemos, igualmente bem, quando decidimos construir a escola, quando apoiámos o Centro Paroquial no serviço de apoio à terceira idade e às crianças, quando abrimos o serviço da Rede Integrada de Apoio ao Cidadão, quando fizemos muitas outras pequenas obras e prestámos apoios a instituições estimulando esta zona do Topo da ilha de S. Jorge e, também, quando aprovámos novos programas de apoio ao emprego e a estágios profissionais dos jovens", enumerou o chefe do executivo açoriano.
Voltando ao sector agrícola, Carlos César vincou que "importa aperfeiçoar alguns aspectos e, desde logo, ao nível da qualidade da gestão, para que não voltemos a passar nesta ilha pelas dificuldades e pelas agonias do passado", porque o Governo "não quer que se destrua o trabalho e o investimento feito e estará atento à necessária melhoria dos processos de gestão, em que se exige maior rigor e competência, respeitando-se os elevados recursos financeiros que foram aplicados e que são de todos nós".
Fonte: GaCS
Sem comentários:
Enviar um comentário