O presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos César, considerou hoje que a comunicação ao país de Cavaco Silva foi "infeliz, não esclarecedora e inusitadamente partidarizada", frisando que foi "pior a emenda do que o soneto".
"O Presidente da República não encontrou justificação, nem explicações, para um ambiente de intriga e suspeição que foi lançado por um seu assessor e não por nenhum membro do partido do governo", afirmou Carlos César, também líder do PS/Açores, numa declaração à Lusa.
Para o líder regional socialista, "se a novidade era a de que o Presidente da República tinha chamado especialistas para dizer que o seu sistema informático é vulnerável, bastava o senso comum para se saber que a maior parte ou a totalidade dos sistemas o são, podendo até haver esse receio no Pentágono".
Nesta declaração, Carlos César defende, no entanto, que "o bom senso deve levar-nos a pensar agora no que é importante para o país", ou seja, a constituição do novo governo e as eleições autárquicas.
"Afinal, era isso mesmo que era importante agora", concluiu o presidente do governo regional açoriano.
A 18 de Setembro, o presidente do PS/Açores, numa das primeiras reacções políticas à divulgação do correio electrónico que envolvia um assessor de Cavaco Silva, tinha considerado "injustificável" o silêncio de Cavaco Silva.
"A falta de uma explicação do Presidente da República é, a meu ver, injustificável e causa uma generalizada perplexidade", afirmou Carlos César, na altura, também numa declaração à Lusa.
Fonte: Expresso
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