“É muito importante que, neste país, mantenham a nossa cultura viva. Não deixem morrer a cultura açoriana e portuguesa.”
Foi com este apelo que o Presidente do Governo dos Açores concluiu o discurso que proferiu ontem à noite, em Mississauga, no decorrer de um jantar, para cerca de 600 pessoas, que a Casa dos Açores do Ontário organizou em homenagem a quantos contribuíram para a edificação da sua sede, que neste domingo verá uma rua de Toronto ser baptizada com o seu nome.
Carlos César, que começou por dizer que essa é uma conquista que se fica a dever à unidade entre os açorianos da comunidade radicada naquela cidade e à iniciativa de Ana Bailão, uma vereadora portuguesa na Câmara de Toronto, vincou que “é sobretudo pelo facto de ela ser uma das nossas que essas coisas acontecem.”
Daí que tenha logo apelado a “votar nos nossos, dar força aos nossos”, pois, como sublinhou, “é muito importante que a nossa comunidade tenha essa influência e essa força no país que a acolhe”, numa referência clara ás eleições locais que vão decorrer no próximo dia 2 de Maio.
A “Casa dos Açores Way”, a ser inaugurada em cerimónia que vai presidir, constitui não só prova do bom trabalho desenvolvido pela instituição dirigida por Carlos Botelho, mas, igualmente, um motivo adicional para o “inesgotável orgulho” que Carlos César afirmou ter pelas comunidades de emigrantes açorianos espalhadas pelo mundo.
“Tenho dito que melhores açorianos nós seremos quanto melhores formos canadianos no Canadá, bermudenses nas Bermudas, brasileiros no Brasil, americanos nos Estados Unidos”, realçou, adiantando ser essa qualidade de cidadania “que faz dos açorianos gente que se distingue, gente que luta, gente que persegue o triunfo, gente que realiza o sonho onde o deixam sonhar.”
Relacionando as capacidades dos açorianos com a situação de dificuldade que se vive um pouco por todo o mundo, incluindo, como é natural, a região, o Presidente do Governo manifestou-se confiante.
“Sei que não faltam energias no nosso país e na nossa região que estão ao serviço da recuperação, do renovo e de um futuro melhor”, acentuou, para logo acrescentar que, no que toca aos Açores, “nós temos pressa em que esta crise seja ultrapassada.”
Justificando, disse desejar se retome depressa o ritmo de desenvolvimento regional e que, desse modo, “cada um de vós, de regresso aos Açores ou de visita aos Açores, possa, verificando o progresso das nossas ilhas, dizer, com emoção e com sinceridade, que bom é ser açoriano.”
Para Carlos César, sem prejuízo de os emigrantes se inserirem nos países onde residem, “é muito importante preservar o que é mais representativo da nossa cultura e da nossa forma de estar.”
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