O Secretário Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos transmitiu ao grupo europeu que visitou os Açores durante esta semana, sob o tema “Vocational training system in the Azores: ultra-peripheral regions”, uma comunicação sobre os investimentos do Governo Regional na promoção de projectos científicos e tecnológicos.José Contente, no final da visita ao Expolab, na Lagoa, frisou a importância da visita deste grupo a S. Miguel para conhecerem e aprofundarem as dimensões da política do Governo Regional em várias áreas e confirmarem a integração dos Açores nos projectos mais modernos que a Europa financia.
O membro do executivo deu a conhecer o Sistema Científico e Tecnológico Regional que, refere, responde aos objectivos globais da Agenda 20/20, que são os princípios de um crescimento inteligente, sustentado e inclusivo, e isso significa “que nós queremos, todos os dias, aproximarmo-nos dos parâmetros mais desenvolvidos da Europa com projectos nas áreas em que estamos mais vocacionados, o ambiente natural”, sublinhou o governante.
O Secretário Regional apresentou ao grupo europeu os vários dos projectos científicos que estão a ser promovidos por todas as ilhas, nomeadamente a estação da ESA em Santa Maria, as estações de climatologia como a do Pico-Nare e a mediação da radiação atmosférica na Graciosa, as estações de radioastronomia e geodesia pelas ilhas e projectos ligados ao espaço como o Doris, Corine, GMES da Nereus e o Centro de Vigilância do Atlântico Norte.
Projectos que valorizam os Açores enquanto laboratório natural e que devem ser privilegiados por isso e pela centralidade do arquipélago no Atlântico, afirmou o governante. “É por estes factores que a ESA está em Santa Maria e desenvolvemos muitos projectos no âmbito da climatologia e da oceanografia”.
José Contente frisou o envolvimento da Universidade dos Açores e dos investigadores na execução dos projectos científicos, referindo que nos últimos cinco anos o Governo Regional apoiou a academia açoriana em 44 milhões de euros.
O desafio que se coloca agora aos investigadores é a transferência de conhecimento para as empresas, para desenvolverem produtos com valor acrescentado que sejam transaccionáveis e exportáveis, através de parceria entre a universidade e as empresas “para que isso corresponda a uma nova fase do desenvolvimento regional”, acrescentou o Secretário Regional.
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