A proliferação dos Espaços TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação) pelas freguesias dos Açores fomentou a difusão da cultura digital e a democracia participativa dos açorianos, sublinhou hoje o Secretário Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos.
José Contente valoriza o contributo destes espaços, sobretudo em zonas rurais do arquipélago, porque permite melhorar as competências digitais e profissionais; a interacção lúdica e social; e a utilização de novas ferramentas de comunicação, até para faixas etárias aparentemente mais desligadas das tecnologias da informação, os idosos. “Estas novas valências incutem uma cultura científica e digital nos açorianos, que tem hoje uma forte expressão, e promovem a participação e o diálogo,”, acrescentou o governante.
O membro do Governo Regional referiu que os Açores estão hoje num patamar superior quanto à taxa de utilização do computador, da internet e na existência de banda larga. “Estamos hoje num patamar muito lisonjeiro, partimos de um patamar muito baixo, na ordem dos 16 por cento, para patamares superiores a 50 por cento, estamos no pelotão da frente a nível nacional, a par das regiões de Lisboa e Algarve”.
Estes indicadores reforçam ainda mais o empenho da tutela em garantir que cada vez mais pessoas tenham acesso a este tipo de tecnologias porque potenciam novas formas de diálogo e participação cívica – no acesso a portais de serviço público -, lúdica, social, e familiar.
Os espaços TIC são frequentados, diariamente, por mais de duas mil pessoas de diferentes faixas etárias, embora incidindo mais na ocupação por jovens.
José Contente, que falava na sessão de abertura do encontro anual com os coordenadores dos Espaços TIC dos Açores, elogiou o trabalho destes profissionais enquanto elos da construção da sociedade do conhecimento e da já referida cultura digital.
A propósito, afirmou que “reitero o meu apreço pelo vosso trabalho, à vossa seriedade e à vossa conduta, porque isso é muito importante para a boa gestão dos espaços aos quais são responsáveis, um dos critérios avaliados para a continuação dos apoios públicos. São um espaço público e deve ser respeitado como tal”.
Este ano foram apresentadas cerca de 120 candidaturas para Espaços TIC e foram aprovadas 78, um investimento de 680 mil euros. Esta diminuição traduz uma preocupação com a racionalização do dinheiro público mas, essencialmente, é justificada pelo acesso cada vez maior à internet nos lares açorianos e pela rede Wi-Fi gratuita que o Governo disponibiliza nos espaços públicos das ilhas da coesão.
Recorde-se que desde o ano 2000 a Secretaria Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos já investiu nos Espaços TIC cerca de 6,5 milhões de euros, para o equipamento, funcionamento e oferta de formação à população.
GaCS/VS
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