As políticas marítima, de vizinhança, de transportes, de coesão e de solidariedade foram consideradas, pelo Presidente do Governo dos Açores, não só de “grande actualidade, no âmbito da União Europeia”, mas decisivas mesmo “para o seu futuro e para a sua afirmação mundial.”
Falando, através de mensagem gravada, aos mais de cinquenta representantes de países de regiões que compõem o Bureau Político da Conferência das Regiões Periféricas Marítimas da Europa – reunido, desde esta manhã em Angra do Heroísmo – Carlos César precisou que essas políticas, “por maioria de razão, têm uma sensibilidade acrescida e uma importância vital nas regiões periféricas e marítimas e, muito em especial, nesta que é, igualmente, uma região ultraperiférica da União Europeia.”
Aludindo à vastidão da área marítima dos Açores, com mais de 950 mil quilómetros quadrados, disse estarmos “em presença de um grande potencial de desenvolvimento, pois o mar emerge, hoje, na investigação científica tal como no aproveitamento económico sustentável dos seus recursos, como uma das nossas prioridades.”
Por outro lado, a dispersão geográfica do arquipélago e a sua localização no Atlântico Norte, a 1.500 km da costa continental europeia, dá também conta, na opinião do governante, da importância fundamental que as acessibilidades – aéreas e marítimas – assumem para este arquipélago.
“A nossa localização, como elo de ligação transatlântica – cuja importância foi tantas vezes afirmada e renovada ao longo da História –, é ainda cimentada pela pertença simultânea à União Europeia e pela apreciável comunidade açoriana radicada nos Estados Unidos da América e também no Canadá, para onde mais de 90% das nossas correntes emigratórias se orientaram”, sublinhou o Presidente do Governo.
Para Carlos Césr, “coesão e solidariedade – outros dois temas hoje em debate – têm, pois, também muito a ver connosco, pois sem as medidas e políticas correspondentes a esses valores, dada a nossa localização, não teríamos feito o percurso recente de convergência nos indicadores sociais e económicos que fizemos.”
E a conclusão, como disse, só pode ser a de que os Açores recebem, com muito agrado, a reunião do Bureau Político da CRPM, “organismo a que nos orgulhamos de pertencer, e têm procurado sempre participar activamente na organização, tendo a elevada honra de, desde o ano de 2010, presidir, por meu intermédio, à sua Comissão das Ilhas.”
Refira-se que o Presidente do Governo dos Açores não pode estar presente nesta reunião do Bureau Político da Conferência das Regiões Periféricas Marítimas da Europa por a mesma “ocorrer precisamente nos últimos momentos da campanha eleitoral que decorre em Portugal”, o que, como explicou na sua mensagem gravada, determinou a sua convocação para outros compromissos.
GaCS/CT
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