O Governo dos Açores rejeitou hoje, na Assembleia Legislativa, a acusação de que possa ter atuado de “forma indigna” na averiguação e esclarecimento de uma alegada situação de emergência social denunciada no passado dia 19 pela Antena 1 Açores.
A posição foi expressa pelo Secretário Regional da Presidência durante a discussão de um Voto de Protesto, rejeitado por maioria, no qual o PSD protestava “contra a conduta” da Secretaria Regional do Trabalho e da Solidariedade.
“Quero refutar de forma clara e absoluta a acusação de que o Governo atuaria de forma indigna e pondo em causa a dignidade que se admite no tratamento dos cidadãos e na atuação do Governo Regional”, afirmou na ocasião André Bradford.
De acordo com o governante, a acusação “é descabida”, tanto mais que o caso “partiu de uma denúncia da própria pessoa. Foi a própria pessoa que expôs a sua vida, que falou das suas condições económico-financeiras, que disse e alegou não ter meios para garantir a alimentação da sua família e que, por isso, clamou por apoio”.
Perante a denúncia, continuou o Secretário da Presidência, o Governo tinha “a obrigação de verificar esse caso”, tendo realizado “as averiguações necessárias dentro das suas competências”.
Disse também que “tudo isso é normal, tudo isso é até uma forma de procurar não só respeitar a dignidade daquela família e daquela pessoa, como também respeitar a utilização dos dinheiros públicos”.
“Os senhores aqui clamam tantas vezes contra o fato de não haver fiscalização suficiente e do dinheiro público não ser bem empregue e bem utilizado! Pois bem, neste caso houve também essa preocupação”, adiantou André Bradford.
O Secretário Regional da Presidência sublinhou ainda que, de tudo isto, “não se pode inferir nunca que o Governo Regional não respeite a dignidade dos cidadãos e que não se preocupe com as condições de vida dos cidadãos nos Açores. Isso não é verdade!”
A terminar, André Bradford lembrou a “coincidência temporal” deste fato ter ocorrido no dia seguinte ao debate sobre a pobreza realizado no Parlamento, adiantando que os deputados do PSD, “como o debate lhes correu mal, como o assunto vos preocupa, arranjaram essa desculpa para vir para aqui falar outra vez da pobreza”.
GaCS
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