A promoção do papel das mulheres tem sido fundamental para a conquista de direitos na luta pela igualdade de oportunidades.
Uma afirmação proferida pela Secretária Regional da Educação e Formação, na 3ª Grande Gala da Liga Solidária da Mulher Portuguesa de Manitoba, onde esteve presente como convidada.
No seu discurso, Cláudia Cardoso salientou que esta promoção “explica a evolução estatística a que se tem assistido nos últimos anos, com um número cada vez maior de mulheres a ocuparem altos cargos públicos e políticos, a desempenharem funções de destaque ao nível da ciência e da investigação, das artes, da cultura e da produção artística, num claro avanço civilizacional rumo a uma sociedade mais justa e equilibrada.
A governante açoriana enalteceu por isso o papel da Liga Solidária da Mulher Portuguesa de Manitoba, instituição a quem “muito devemos, não só pela integração na comunidade canadense dos portugueses que escolheram, por diversos motivos, este país como nova residência, mas também pela promoção do papel das mulheres portugueses em prol do desenvolvimento social e cultural da diáspora”, disse.
Cláudia Cardoso manifestou-se honrada com o convite da Liga, para estar presente na 3ª edição desta Gala, que ganha ainda mais importância por decorrer em Winnipeg, na província de Manitoba, que alberga a terceira maior comunidade portuguesa no Canadá, com quase trinta mil pessoas originárias dos Açores.
Winnipeg é aliás, disse a Secretária Regional, “um exemplo ao nível da preservação da identidade cultural da comunidade açoriana através das mais diversas manifestações, incluindo o incentivo ao ensino da língua portuguesa, perpetuando assim para gerações futuras a herança dos primeiros emigrantes que aqui chegaram”.
Cláudia Cardoso citou as palavras de Emília Mendonça, primeira coordenadora do ensino de português nos Estados Unidos da América, para lembrar que «a manutenção e promoção da língua portuguesa recai sobre os ombros femininos das nossas comunidades”, sendo que “a cargo desse ensino estão professoras, na sua grande maioria, as mulheres das nossas comunidades, muitas delas oriundas dos Açores”.
A Secretária Regional da Educação e Formação lembro no entanto que “não são apenas os professores os promotores da língua”, uma vez que à família emigrante cabe também um “papel essencial”, em especial às mães e avós, que, dum modo geral, passam mais tempo com as crianças filhas de emigrantes durante os seus primeiros anos de vida, fazendo assim com que muitos jovens luso-descendentes, jovens luso-canadianos, tenham “o privilégio de aprender e manter a «língua de afeto», devido ao papel que as famílias desempenham”, disse.
GaCS
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