Gravataí, cidade a poucos quilómetros da capital do Rio Grande do Sul, conta com o Presidente do Governo dos Açores como mais um dos seus cidadãos, condição que lhe foi outorgada pelo Presidente da Câmara, Vail Corrêa.
Carlos César – que se encontra no Rio Grande do Sul a convite do Governador, Tarso Genro – não deixou de sublinhar a sua satisfação por, sendo agora Cidadão Gravataiense, passar a contar-se entre os que pertencem a uma cidade que alberga “uma autêntica embaixada dos açorianos” no belo e próspero estado sulino do Brasil.
De facto, é em Gravataí que está sedeada a Casa dos Açores do Estado do Rio Grande do Sul (CAERGS), um catalisador importante das relações de amizade entre o Governo dos Açores e a Prefeitura da cidade, liderada por Vail Corrêa.
A CAERGS e a Prefeitura têm sido, na opinião de Carlos César, “dois pilares de uma ponte que liga, simultaneamente, os açorianos do século XVIII à história do Estado e os açorianos de hoje aos rio-grandenses herdeiros do “legado dos casais”.”
Para o Presidente do Governo Regional, “é, certamente, por essa herança – visível, perene, atual –, que a Câmara de Vereadores de Gravataí me concedeu a honra de receber o título de Cidadão Honorário, pretendendo, atrevo-me a supor, homenagear, por meu intermédio e na minha qualidade de Presidente do Governo dos Açores, todos os açorianos.”
Sublinhando que os Açores do tempo presente nada têm que ver com o arquipélago que os casais do século XVIII se viram forçados a abandonar em busca de um melhor futuro, Carlos César afirmou que a região é hoje um espaço de oportunidades, pesem embora as dificuldades provocadas pela crise internacional.
“Os Açores de hoje são porto de chegada e de bom acolhimento: um lugar seguro onde se cuida de quem precisa e onde se valoriza quem trabalha, produz e inova”, disse.
E o Presidente do Governo, lembrando que os Açores estão agora “à distância de um voo direto entre Porto Alegre e Lisboa e de outro voo de duas horas a partir da capital portuguesa” – e já não estão “tão longe quanto as terríveis viagens marítimas do século XVIII dividiam as ilhas deste sul do Brasil”, considerou ser essa uma “razão suficiente para conferirmos redobradas esperanças aos nossos anseios de uma maior proximidade e cooperação futuras.”
Por sua parte, garantiu Carlos César, empenhar-se-á, “certamente ainda mais, no sentido de promover esse estreitamento de laços fraternos que já unem os Açores a Gravataí e de honrar as nossas origens e os nossos desígnios comuns.”
À cerimónia de outorga do diploma de Cidadão Gravataiense a Carlos César assistiram diversas entidades representativas do Rio Grande do Sul, entre as quais se destacava o Secretário de Estado da Cultura, Assis Brasil, em representação do Governador, e representantes de diversos municípios onde ainda é muito nítida a herança cultural dos povoadores açorianos, bem como – para surpresa do Presidente do Governo Regional – a presidente da Casa dos Açores do Uruguai, que se deslocou propositadamente de S. Carlos.
O diploma de Cidadão Gravataiense é a segunda distinção atribuída a Carlos César nesta sua viagem ao Brasil, já que na sexta-feira foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem do Ponche Verde – a mais alta distinção conferida pelo Governo do Rio Grande do Sul.
O Presidente do Governo dos Açores, mercê do seu empenho no fortalecimento das relações entre a região e os estados do sul do Brasil, havia sido já agraciado com a Medalha de Mérito Riograndense, atribuída pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul; Troféu Açorianidade 2003, atribuído pelo Núcleo de Estudos Açorianos da Universidade Federal de Santa Catarina; Medalha de Mérito Francisco Dias velho, atribuída pela Prefeitura Municipal de Florianópolis; Medalha Comemorativa da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul; e Título de Amigo da Academias S. José de Letras, do Estado de Santa Catarina.
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GaCS
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