A Noite dos Museus e o Dia Internacional dos Museus, que este ano coincidem a 18 de maio, serão comemorados nos Açores com iniciativas promovidas por diversas instituições.
O Museu de Angra do Heroísmo apresenta sábado e domingo um programa de atividades onde a economia e a música são os temas em destaque.
No sábado, 18 de maio, entre as 12h00 e as 14h30, o claustro do Museu de Angra do Heroísmo acolhe quem quiser usufruir daquele espaço e, simultaneamente, aproveitar para degustar uma ementa especialmente preparada para esta data.
Às 15h00 terá lugar uma visita guiada à exposição 'Do Mar e da Terra… uma história no Atlântico', recentemente enriquecida com uma virgem em marfim de mamute e uma carranca representando um índio, duas peças de grande qualidade e beleza.
Ainda neste dia, às 18h00, será inaugurada a Sala Frederico Vasconcelos, uma nova exposição de longa duração do Museu de Angra do Heroísmo que homenageia a Família Vasconcelos, que, desde o último quartel do século XVIII até à atualidade, criou e desenvolveu negócios em varias áreas do comércio e da indústria, com relevância no tecido económico local e regional, alguns dos quais ainda subsistem.
Paralelamente, o mesmo espaço assume-se como um apontamento possível da industrialização nos Açores, vista através dos modos de ser e estar de uma família, do seu sentido de oportunidade e das mudanças de percurso dos seus investimentos, que refletem os fluxos e refluxos do pulsar ilhéu.
O Dia dos Museus terminará, ainda sob o signo da economia, com uma Aula Aberta, a cargo de Nuno Martins, do Departamento de Economia e Gestão da Universidade dos Açores, pelas 19h00.
No domingo, pelas 14h00 e 16h00, decorrerão visitas gratuitas para as famílias que queiram visitar os diferentes espaços do Museu de Angra do Heroísmo, que, entre as 15h00 e as 18h00, serão palco de audições de canto e guitarra protagonizadas pelos alunos dos professores Alcobia Leal e José de Sousa.
Às 20h00, abrirá a mostra 'Tataros: o som íntimo das cordas', que destaca um belíssimo piano de mesa da primeira metade do século XIX com elevado interesse histórico-organológico.
Às 20h30, terá lugar a primeira de duas visitas aos dois últimos momentos da exposição 'Do Mar e da Terra… uma história no Atlântico', que se propõe que sejam olhados sob a perspetiva de ambientes musicais.
As visitas iniciar-se-ão no Coro da Igreja de Nossa Senhora da Guia, de forma a que se aprecie o recém-restaurado órgão histórico, construído em 1788 por António Xavier Machado e Cerveira, sendo depois os visitantes convidados a deleitar-se com os instrumentos musicais, caixinhas de música, fonógrafos e outros dispositivos sonoros que integram o 4.º momento da referida exposição.
Esta visita será repetida pelas 23h30, encerrando as atividades do dia.
Antes disso, pelas 21h30, na Igreja de Nossa Senhora da Guia, terá início o 24.º Encontro de Coros da Ilha Terceira, numa organização conjunta com a Câmara Municipal de Angra do Heroísmo.
Todas as atividades decorrem em regime de livre acesso e são de frequência gratuita, com exceção do almoço do dia 18, para o qual decorrem inscrições até quinta-feira.
O Museu de Angra oferece também um programa de celebração da Noite dos Museus, subordinado ao tema 'O Museu não sai de moda!'.
Assim, pelas 21h00, os visitantes terão livre acesso às diferentes exposições patentes, decorrendo às 21h30 uma visita orientada à exposição 'Do Mar e da Terra…uma história no Atlântico', segundo a perspetiva da aparência e do aparato, que incluirá a apresentação de coleções de roupa, joias e bijuteria.
Às 22h30 e às 23h30, terão lugar, no Coro da Igreja de Nossa Senhora da Guia, desfiles de moda e acessórios pela estilista Daniela Lopes e por Benditos Pormenores, enquanto às 22h45 terá início um serviço de cocktails assegurado pelos alunos dos cursos de mesa e de cozinha do Profij da Escola Secundária Jerónimo Emiliano de Andrade.
Às 23h45, realiza-se um concerto pelo agrupamento Wave Jazz Essemble, que participará igualmente nos desfiles de moda.
Por seu lado, o Museu Francisco de Lacerda, em São Jorge, inaugura a 18 de maio, pelas 16h30, a exposição fotográfica e documental 'Mestre João Alberto – no reino dos barcos', realizada e disponibilizada para itinerância pelo Museu do Pico.
Esta mostra conta com 15 painéis constituídos por textos e imagens, que dão a conhecer a vida e a obra do jorgense Mestre João Alberto das Neves, reputado construtor naval em Santo Amaro, ilha do Pico.
Por sua vez, a Casa Manuel de Arriaga, na cidade da Horta, apresenta ao público a exposição 'Humor e Caricatura no tempo de Manuel de Arriaga'.
Esta exposição percorre o tempo político de Manuel de Arriaga, em especial o período em que desempenhou as funções de Presidente da República e baseia-se na recolha de iconografia humorística.
A mostra permite, através da caricatura política e social, conhecer o Portugal de há cem anos e os diversos ilustradores da época, entre os quais se destaca Rafael Bordalo Pinheiro.
A exposição concebida e desenvolvida pelo Museu da Horta segue uma linha cronológica entre 1880 e 1916 e procura, através das práticas do humor social e político, fornecer elementos que permitam um melhor entendimento deste período.
Ainda no contexto das comemorações do Dia Internacional dos Museus, o Museu Carlos Machado apresenta no sábado, pelas 15h00, no Núcleo de Santa Bárbara, o projeto intitulado 'O [En] Canto por Eva'.
Este projeto, que decorre no âmbito da ação O Museu e a Escola, culmina numa mostra de trabalhos realizados por alunos da Escola Básica Integrada Canto da Maia , sob a orientação dos professores Alberto Dutra, Esperança Félix e Nuno Santos, que pretende dar a conhecer a vida e obra de Ernesto Canto da Maia, patrono da escola, assim como, desenvolver competências nas áreas da expressão visual, através do desenho, da pintura, do conhecimento de materiais e aplicação de técnicas.
Na sexta-feira, véspera do Dia Internacional dos Museus, o Museu do Pico levará às escolas secundárias da ilha o contador de histórias Filipe Lopes, para sessões de contos e jogos com alunos do 2.º ciclo subordinadas ao tema 'As histórias vão à escola'.
Filipe Lopes pertence ao grupo O Contador de Histórias, um núcleo cultural, com sede em Tomar, que desenvolve um trabalho de promoção do livro e da leitura, colaborando com entidades como a Fundação do Gil, o Instituto Português do Livro e das Bibliotecas, a Fundação Ciência Viva e a Associação de Professores de Educação de Infância.
Esta atividade pretende sensibilizar a comunidade escolar para a importância dos museus enquanto locais privilegiados de preservação, estudo, divulgação e fruição cultural e como espaços de aprendizagem não formal.
Sem comentários:
Enviar um comentário