O Presidente do Governo Regional estabeleceu um paralelismo entre o espírito de fraternidade que inspira as confrarias e o modo de ser e de estar dos açorianos, dizendo que “nós somos confrades do mundo, confraternizámos com gente de civilizações que cruzaram o Atlântico, e dos Açores levaram o testemunho da nossa hospitalidade e da nossa amizade.”
Falando no almoço que encerrou o XXIV Capítulo da Confraria Gastronómica “Panela ao Lume”, que teve lugar no Paço dos Duques de Bragança, em Guimarães – e em que foi entronizado Confrade de Honra da referida confraria, a mais antiga do país –, Carlos César acrescentou ter sido pena nem todos esses visitantes terem vindo pelos melhores motivos, ou partido das ilhas deixando saudades, mas, em qualquer caso, certamente levaram a imagem de um povo amigável.
O governante manifestou a sua satisfação pela distinção de que foi alvo e elogiou o papel das confrarias nas sociedades, dizendo mesmo que, “num país como o nosso, com grandes carências de auto-estima, a existência de instituições como estas permite tornar Portugal num país mais fraterno.”
Indo ainda mais longe, frisou que “seria bom que o país fosse, no seu todo, uma grande confraria que tivesse por lema o gosto de ser português e o gosto de tornar todo o território um espaço de convivialidade.”
Por outro lado, a circunstância de se ter celebrado, na mesma cerimónia, um acordo de geminação entre a Confraria “Panela ao Lume” e a Confraria do Queijo de S. Jorge, constituiu, para Carlos César, outro bom momento para os Açores a acrescentar à sua própria entronização, que considerou uma honra pessoal e para a Região.
O Presidente do Governo dos Açores – recebido à entrada do Paço dos Duques de Bragança pelo Presidente da Câmara de Guimarães, António Magalhães da Silva, que lhe ofereceu o Livro de Honra da cidade, intitulado “Guimarães, Passado e Presente” – foi apadrinhado, na cerimónia da sua entronização como Confrade de Honra da Confraria Gastronómica “Panela ao Lume”, pelo Mordomo-Mor da Confraria dos Vinhos Galegos, José Posada.
Carlos César, que é confrade de diversas confrarias, designadamente da Confraria do Queijo de S. Jorge, da Confraria do Chá do Porto Formoso, da Confraria do Vinho Verdelho e da Confraria das Sopas, e por isso comprometido com a preservação e boa divulgação desses componentes gastronómicos, fica, a partir de hoje, obrigado a defender e a promover a boa cozinha portuguesa, objectivo que norteia a Confraria Gastronómica “Panela ao Lume”, de que é Mordomo-Mor Gonçalo Reis Torgal.
GaCS/CT
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