Carlos César valorizou hoje o papel muito importante do Banco Espírito Santo dos Açores no sistema financeiro da Região como parceiro do Governo Regional, “no desenvolvimento das diversas linhas de crédito que têm sido lançadas com apoio governamental.”
Salientando a colaboração “de muita regularidade e de muita confiança” mantida com aquele banco, o Presidente do Governo – que recebeu, estar tarde, em audiência, o Presidente da Comissão Executiva do Banco Espírito Santo, Ricardo Salgado – sublinhou que, apesar das dificuldades motivadas pela crise internacional, a actividade das instituições fornece indicadores que contrariam alguns pessimismos.
Assim, revelou que “apesar da redução no total do crédito concedido e nos depósitos de particulares no primeiro trimestre deste ano, a verdade é que – ao contrário do que muitas vezes se diz – em 2009 o crédito concedido às empresas aumentou, o crédito concedido para a compra de habitação aumentou e os depósitos de poupanças das famílias nas instituições bancárias dos Açores aumentaram também.”
Carlos César acrescentou acreditar que, com os desenvolvimentos verificados, em acordo com a Banca, para determinadas linhas de crédito, com as bonificações de taxas e com o conjunto de investimentos públicos e do aumento das disponibilidades do Governo para apoiar o investimento privado, estarão a ser criadas condições para uma estabilização da economia e para uma maior sustentabilidade da actividade económica.
“Nós gostaríamos que existisse maior liquidez nas nossas empresas e, até, no sector financeiro, para que se pudesse libertar mais dinheiro para a economia, mas a grande regra, quer no investimento privado, quer no apoio financeiro, é a de seguir um rumo seguro”, acentuou.
Dizendo ser fundamental não introduzir factores de artificialização da economia, para que não se entre numa perspectiva de ilusão sem sustentabilidade, afirmou acreditar que “o que está a acontecer nos Açores, com o ajustamento de alguns macro-indicadores, é justamente essa adaptação àquilo que podemos ser e somos, mesmo assim – e comparativamente a idênticos indicadores nacionais – com melhor desempenho.”
A propósito, o Presidente do BES, Ricardo Salgado, fez questão de salientar ter a mesma leitura de Carlos César sobre a situação das finanças regionais, classificando, nesse particular, a região autónoma, como um exemplo no contexto nacional, uma região onde o embate da crise foi menor e onde há potencial para desenvolver novas actividades.
GaCS/CT
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