terça-feira, 24 de agosto de 2010

Governo Regional reage sem surpresa ao cancelamento do campo de treinos de novos aviões sedeado na Base das Lajes



“Essa informação, a confirmar-se oficialmente, vem no sentido daquilo que, de algum modo, já se pronunciava, uma vez que o investimento reduziu-se substancialmente e houve uma alteração da própria estratégia da administração dos EUA relativamente ao que estava projectado para o desenvolvimento dos novos aviões militares americanos”, afirmou ontem o Secretário Regional da Presidência, André Bradford, em reacção à comunicação do Ministério da Defesa, dando conta de que o campo de treino para os novos caças F25 e F35 Norte-Americanos, no contexto das “restrições orçamentais e reduções na estrutura de forças da USAFE”, não terá "seguimento, nos termos actuais".

A resposta do Ministério da Defesa a uma pergunta de um deputado na Assembleia da República vem ao encontro e confirmao sentido das declarações prestadas por André Bradford, à saída de uma reunião da Comissão de Política Geral do Parlamento açoriano, realizada no Mês de Julho passado, onde foi ouvido sobre uma petição contra a utilização do espaço aéreo açoriano como campo de treinos, em que afirmava “ser extemporâneo falar do espaço aéreo ser utilizado como campo de treinos para aviões norte-americanos de ultima geração, já que os EUA suspenderam a construção destes aparelhos”.

O Secretário Regional da Presidência, na ocasião, referindo-se à petição, sublinhou o facto de “não fazer sentido discutir se os Açores vão ou não ser utilizados como campo de treinos para os aviões F-22 e F-35”, quando a construção destas aeronaves está suspensa por decisão da administração norte-americana, acrescentando que as prioridades para os investimentos militares do actual Presidente dos EUA, Barack Obama, são diferentes da administração de George W. Bush.

Tal como disse em Julho passado, André Bradford, reitera que “o Governo dos Açores, por princípio, sempre defendeu e vai continuar a defender que a Base das Lajes deve alargar o seu leque de funcionalidades e estar disponível para outro tipo de utilidade que mantenha o interesse da presença dos EUA”. Para o governante isso “é bom para os postos de trabalho de cidadãos portugueses naquela base militar e para a economia local”. Neste contexto, André Bradford, confirmou a “defesa de outras funções e utilidades para a Base das Lajes, desde que salvaguardados os impactos no ambiente e na segurança das populações que vivem à volta daquela infra-estrutura militar”.


GaCS/LFC

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