Ao inaugurar, ontem, no Museu de Angra do Heroísmo, a exposição de longa duração “Do Mar e da Terra – uma história no Atlântico”, o Presidente do Governo dos Açores considerou que a referida exposição reúne as condições necessárias para ocupar um lugar único no panorama museológico regional e nacional.
Para Carlos César “não é comum que uma única exposição ofereça propostas de visita tão diferenciadas como esta, dirigindo-se simultaneamente quer ao grande público, quer a públicos com gostos e interesses mais específicos e exigentes.”
Salientando que se está perante “uma síntese da cultura e da história da cidade de Angra, da ilha Terceira e da Região, na dimensão múltipla das suas relações com o Mundo”, o governante elogiou as formas e equipamentos utilizados, num aparato expositivo que representou um investimento de cerca de trezentos mil euros e requalifica, também, o próprio museu, que já antes foi, de resto, sujeito a obras de manutenção geral, incluindo a substituição por inteiro das suas coberturas.
Como revelou o Presidente do Governo, prepara-se entretanto a expansão do museu com a obra de adaptação do antigo Hospital da Boa Nova ao Núcleo de História Militar Manuel Coelho Baptista de Lima, cujo lançamento de concurso público de empreitada decorrerá ainda nesta legislatura.
“Com tais investimentos, parece-me, pois, natural e legítimo contar que este Museu desempenhe um papel mais influente no contexto da Rede Regional de Museus dos Açores e nas relações das nossas instituições culturais com outras, nacionais e estrangeiras, dimensão na qual é imperioso que se progrida e se inove”, sublinhou.
Defendendo que as instituições culturais açorianas devem ter “uma acção fundamental para o desenvolvimento cultural e cívico das nossas gentes, bem como para reforçar as alternativas ocupacionais e a atractividade das nossas ilhas para as pessoas que as visitem”, Carlos César afirmou que o Governo se orgulha do peso que continua a atribuir ao investimento na Cultura, o que o tem permitido concretizar muitas iniciativas em todas as ilhas.
Como, de seguida, enumerou, o Governo Regional está a ultimar a aquisição dos terrenos e imóveis para instalar um novo pólo do Museu de Santa Maria; vai requalificar o edifício do Museu Carlos Machado, em Ponta Delgada, e dar início, na Ribeira Grande, às obras do “Arquipélago – Centro de Arte Contemporânea”; em S. Jorge, anunciará, em breve, a localização das novas instalações do Museu Francisco Lacerda; tem em curso, no Pico, a montagem da exposição de que será dotado o Museu do Vinho, na Madalena, e o projecto de ampliação do Museu dos Baleeiros, na Vila das Lajes; está a reabilitar a Casa Manuel de Arriaga, no Faial, e, na ilha das Flores, para além da requalificação, já concluída, da antiga fábrica da baleia do Boqueirão, está também a ser ultimado o projecto de uma exposição de longa duração, no museu local.
“Todas estas acções implicam um considerável esforço financeiro que, apesar das condicionantes actuais, temos conseguido assegurar. Investir nestas dimensões culturais é, para nós, como cuidar do sangue que circula nas nossas veias – é como cuidar das nossas vidas e do significado do seu território e do seu lugar no mundo”, disse o Presidente do Governo.
GaCS/CT
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