O Vice-Presidente do Governo Regional considerou esta tarde, em Ponta Delgada, que o grande desafio da competitividade que se coloca aos Açores, para os próximos anos, é um desafio que deve envolver todos os açorianos, um desafio em que todos, desde os empresários aos trabalhadores, desde as entidades públicas às entidades financeiras, se devem comprometer.
Sérgio Ávila, que apresentou uma exposição sobre as grandes estratégicas de desenvolvimento da Região Autónoma dos Açores, no âmbito da reunião do Conselho Executivo do Banco Espírito Santo dos Açores, precisou que o desafio da competitividade se ganha com qualidade, qualificação e competência. Para o governante açoriano, o propósito de se continuar a fazer com que os efeitos da conjuntura internacional adversa, sejam cada vez menores nos Açores, é uma tarefa que não depende, apenas, de um dos intervenientes, mas antes, depende, absolutamente, da capacidade de concertação de estratégias, de recursos e de objectivos e da concertação de competências, de eficácias e de eficiências.
O Vice-Presidente do Governo Regional, falando para uma audiência qualificada dos quadros superiores daquela instituição bancária, aproveitou para se referir aos desígnios fundamentais da estratégia do desenvolvimento económico regional que assenta, especialmente, no consumo interno, no investimento privado e público e na implementação de uma maior capacidade de exportação.
No primeiro caso, Sérgio Ávila destacou que é fundamental reforçar, compreender e monitorizar a problemática do rendimento disponível das famílias, salientando, a propósito, a coragem do Governo na criação de um complemento remuneratório para os vencimentos mais baixos que foram reduzidos a nível nacional, bem como, reforçar o apoio ao emprego e às empresas na criação de emprego e às famílias na obtenção de qualificação para o emprego e, ainda, fortalecer o apoio social com carácter de complementaridade no que concerne a ajudas que tem vindo a ser reduzidas no contexto nacional, lembrando, a propósito, a criação dos complementos regionais ao abono de família, às pensões e de apoio aos idosos para aquisição de medicamentos.
No que se refere ao investimento privado, o Vice-Presidente do Governo Regional referiu a importância da criação de uma nova geração de linhas de apoio às empresas, no âmbito do acesso ao crédito, partilhando-se com a banca o risco da concessão de novos empréstimos e a criação de outras condições para, efectivamente, se proceder a uma nova reestruturação do endividamento das empresas. Vai ser preciso, também, prosseguiu o governante, olhar para o apoio ao investimento às empresas na perspectiva da qualificação dos recursos humanos e distinguir os investimentos para o mercado interno dos investimentos em sectores com potencial de exportação ou de redução de importação.
Sérgio Ávila, no que diz respeito ao investimento público, confirmou que o Governo tem todas as condições para manter os mesmos níveis investimento público, importando, agora, redirecciona-lo para o apoio reforçado às famílias, às empresas e aos sectores de exportação.
Neste particular das exportações, o Vice-Presidente do Governo Regional acredita que os Açores têm potencialidades para diversificar a sua capacidade de exportação aproveitando a importância da economia do Mar, nas suas diversas e múltiplas funções, e relacionando-a com o investimento na sua capacidade produtiva. Importa aproveitar, também, as potencialidades no domínio do ambiente e das energias renováveis e as potencialidades da economia de bem-estar ligada à Saúde
Para Sérgio Ávila, é fundamental apostar na redução dos custos de produção no sector primário e, em concertação com todos os parceiros sociais, fortalecer o reforço de recursos que possam ser disponibilizados para a promoção externa da Região, quer seja no sector turístico, quer seja na marca Açores, quer seja na criação de novos canais de distribuição, para o que é imperioso continuar com o esforço de redução dos custos dos transportes, particularmente, no que se refere à circulação de bens e mercadorias.
No início da sua exposição, o Vice-Presidente do Governo Regional teve oportunidade de se referir à evolução dos indicadores macroeconómicos da Região, com particular ênfase no que respeita à evolução do seu produto interno bruto, tendo salientado que, os dados mais recentes, confirmam que os Açores, nos últimos três anos, reforçaram o seu processo de convergência com as médias nacional e europeia, com 96% e 77%, respectivamente, no ano de 2009.
GaCS/JMB
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