O Subsecretário Regional das Pescas admitiu hoje, na Horta, a possibilidade do projecto Condor, que conduziu ao encerramento temporário do banco com o mesmo nome, poder ser replicado noutras áreas do Mar dos Açores.
A informação foi avançada por Marcelo Pamplona à margem dos trabalhos do workshop dos utilizadores do banco Condor, que decorre hoje no Faial com vista a mostrar alguns dos resultados da investigação científica realizada naquele conhecido banco de pesca.
Promovido pelo Departamento de Oceanografia e Pescas (DOP) da Universidade dos Açores, este encontro, que reúne cientistas, administração e utilizadores do banco, visa ainda “suscitar a troca de ideias e discussão sobre os próximos passos da investigação e a gestão futura do banco Condor”.
Segundo Marcelo Pamplona, a experiência que está a ser analisada pelo DOP é fundamental no sentido de percebermos se será “possível continuar com estas experiências para mais zonas dos Açores, tendo em vista garantir a sustentabilidade dos recursos e perceber como é que evoluem os recursos marinhos face à exploração pesqueira regional”.
Depois de ouvirmos aquilo que o DOP tem a dizer sobre a experiência que decorre no banco Condor, vamos ouvir também os profissionais da pesca “no sentido de também poderem juntar à experiência científica a experiência da actividade de pescador”, adiantou o governante.
O Subsecretário das Pescas lembrou ainda que existem nos mares dos Açores cerca de 450 montes submarinos, pelo que “é importante, sob o ponto de vista científico, conhecer como evoluem estas zonas de pesca para que consigamos introduzir mecanismos de gestão na pesca que conduzam a uma melhor exploração”.
Por isso, concluiu Marcelo Pamplona, “estamos muito atentos às questões que vão ser apresentadas pelo DOP para sabermos se esta é uma solução a implementar noutras zonas marítimas no arquipélago”, tendo em vista “gerir mais sustentadamente os nossos mares e também introduzir medidas de gestão que conduzam a uma melhor pesca”.
O banco Condor é actualmente uma área experimental, reservada às actividades de investigação científica sobre os ecossistemas dos montes submarinos, e que está sujeita a restrições das actividades de pesca, que foram discutidas e concordadas com os utilizadores do banco e com o Governo Regional.
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