O Presidente do Governo dos Açores disse que o importante, hoje, “é saber como, deste lado, nós procuramos minimizar e conseguimos atenuar todos os efeitos negativos que uma crise política, nestas circunstâncias, necessariamente gera.”
No que lhe diz respeito, reiterou que, enquanto governante, nunca hesitou em defrontar, sempre que isso se tornou necessário, todos “os que nos prejudicaram, os que nos tentaram prejudicar ou recusaram prestar-nos a ajuda que podiam ou deviam prestar.”
Recordando algumas ocasiões em que teve de tomar essa atitude, fez o contraponto com o que o que foi o mandato do primeiro-ministro José Sócrates, que, apesar dos constrangimentos resultantes da crise económica e financeira internacional, sempre procurou poupar as regiões autónomas a medidas de austeridade que lhes trouxessem dificuldades acrescidas.
Carlos César – que falava na sessão desta manhã da Assembleia Legislativa – disse mesmo que seria injusto não reconhecer isso, pelo que os Açores o deviam fazer, pois José Sócrates, “mesmo quando tomou medidas que afectaram o rendimento das famílias e que afectaram o desempenho das empresas, sempre procurou áreas de salvaguarda para proteger as regiões autónomas.”
Para o Presidente do Governo, há também que fazer justiça no que concerne às responsabilidades pela situação em que se encontra o país, já que “a verdade é que o incremento médio da dívida pública dos governos de Cavaco Silva, Durão Barroso e Santana Lopes foi superior ao incremento médio da dívida pública verificada durante os governos de António Guterres e José Sócrates.”
Afirmando que “isto quer dizer algo”, Carlos César concluiu que os partidos da oposição só não são mais responsáveis porque não estivaram mais tempo no Governo.
“Mas, se estivessem mais tempo, a situação do país, tendo em conta esses indicadores, ainda era pior do que a situação a que chegamos hoje”, disse.
GaCS/CT
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