No momento em que presidia à sessão de encerramento e entrega de prémios do “Campeonato Nacional das Profissões – Açores 2011”, Carlos César enfatizou a necessidade da maior qualificação possível para uma melhor empregabilidade e para um maior contributo de cada trabalhador para o desenvolvimento económico.
O Presidente do Governo dos Açores repetiu mesmo uma ideia que havia já exposto em declarações recentes, no sentido de considerar o emprego como um bem a preservar em tempo de especiais dificuldades e, por maioria de razão, a vantagem de os trabalhadores serem bons profissionais.
Por assim entender, o Governo Regional, como acentuou, tem feito um grande investimento na formação profissional – que atingiu os cerca de 118 milhões de euros no âmbito do PROEMPREGO do anterior quadro comunitário de apoio – estando agoa previsto, no actual quadro comunitário, que esse investimento chegue aos 243 milhões de euros.
Todo esse investimento permitiu que tivessem chegado ao mercado de trabalho jovens altamente qualificados, designadamente os mais de 320 cozinheiros, mais de 600 recepcionistas e empregados de mesa, mais de 600 condutores de obra, topógrafos, electricistas, técnicos de higiene e segurança no trabalho e os mais 480 contabilistas.
Como realçou, “nestes últimos dez anos injectámos na nossa economia empresarial cerca de vinte mil profissionais de qualidade que tornaram a nossa economia e a economia das empresas mais resistentes ou, pelo menos, menos frágeis perante as ameaças da crise económica”.
Para Carlos César, é de facto o sector privado o grande beneficiado dessa maior qualificação dos trabalhadores, tanto mais que – como recordou – a relação funcionário público/trabalhador do sector privado, que era de dois para três há apenas dez anos, é agora de dois para seis.
“Isso quer dizer que nós duplicámos a capacidade humana d criar riqueza no tecido empresarial privado, o que é muito importante porque dá nota do crescimento do ector privado na criação de riqueza nos Açores”, afirmou
Referido que, apesar da crise açula, há bons indicadores a ter em consideração, aludiu, como exemplo, aos 58 por cento de estagiários oriundos de cursos profissionais que são imediatamente contratados no final do estágio, “um resultado muito bom, particularmente nua região com dificuldades estruturais como os Açores.”
Por outro lado, o Governo tem vindo a acompanhar os trabalhadores em situação mais frágil em virtude da sua baixa qualificação, propondo, com vista a uma maior empregabilidade, a sua integração em planos de requalificação como, por exemplo, o REACTIVAR.
“Estamos a abranger cerca e quarenta por cento dos nossos desempregados, favorecendo assim uma mais rápida integração no mercado de trabalho e, naturalmente, em melhores condições”, disse o Presidente do Governo Regional, que, a propósito, lembrou que os Açores mantêm a mais baixa taxa de desemprego do país e têm menos dez mil desempregados do que a região autónoma da Madeira.
Daí que tenha concluído a sua intervenção sublinhando, de novo, a enorme vantagem de uma boa qualificação profissional, que deve constituir uma prioridade para os jovens.
“Um trabalhador bem formado, seja qual for a sua profissão, é um trabalhador mais protegido. E, por isso, a preocupação geral, e a vossa preocupação, deve ser a de serem bons profissionais”, disse.
GaCS/CT
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