domingo, 15 de janeiro de 2012

Carlos César reitera esforço do Governo para a reintegração de toxicodependentes


O Presidente do Governo dos Açores disse hoje, no momento em que inaugurava o Centro de Aditologia do Hospital da Horta, que o objetivo essencial da infraestrutura “não é apenas o da minimização do problema do doente, mas sobretudo o da sua ressocialização e da sua reintegração.”



Carlos César, que ligou a nova estrutura de apoio e tratamento de pessoas com toxicodependência a outras já existentes em S. Miguel e na Terceira para referir que o Governo está atento a esse fenómeno global, acrescentou que, no âmbito da ressocialização dos doentes, a integração no mercado de trabalho constitui um problema adicional, em virtude dos tempos difíceis que todo vivemos.


No entanto, na sua opinião, “não podemos deixar de – sem perturbar o sentido de equidade do mercado de emprego – procurar também algumas bolsas de oportunidade para setores com fragilidades como é, naturalmente, aquele dos que estão em processo de reabilitação face a situações de toxicodependência.”


Sublinhando que esse esforço governamental tem sido associado a uma prevenção muito cuidada, revelou que “são milhares os jovens que, pelos Açores fora, são anualmente contatados em ações de natureza preventiva nas escolas e em programas que abrangem estabelecimentos de diversão noturna.”


Como precisou, equipas multidisciplinares desenvolvem esse trabalho, numa ação pedagógica e de fortalecimento da conduta dos jovens e da sua capacidade de resistência a pressões que se dirigem ao consumo de drogas.


Para o Presidente do Governo, “essa ação tem sido essencial para que este fenómeno não tenha uma expressão ainda maior nos Açores.”


Afirmando que o seu executivo tem afetado ao setor “aquilo que é razoável no contexto orçamental existente”, frisou que, em todo ocaso, face às dificuldades, que são as de todos os serviços públicos de saúde em todos os lugares, “nós aqui dividimos as dificuldades pelas pessoas e pelo orçamento do Governo.”


Essa divisão, realçou Carlos César, permite que “as pessoas fiquem com menos dificuldades, mesmo que os governos tenham mais dificuldades”, até porque a evolução demográfica e os avanços na saúde provocaram um agravamento tendencial na despesa associada a saúde.


“Mas nós temos de viver com isso, visto que não é razoável que, por uma pessoa ter uma determinada idade, deixe de ser tratado”, disse o Presidente do Governo.


“Não espero estar sujeito a hemodiálise, mas espero que, mesmo que faça setenta anos, os serviços de saúde da minha terra continuem apoiar-me na medida das suas possibilidades”, afirmou.


Concluindo, deixou a certeza de que, nos Açores, prosseguirá o esforço de poupança e, em simultâneo, de “servir bem os nossos concidadãos”, incluindo, naturalmente, os que passarão a usufruir do Centro de Aditologia da Horta, bem como todos os que se encontram afetados pela toxicodependência.



GaCS

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