quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Governo destaca qualidade da qualificação profissional na Região


O Governo dos Açores estima que, no ano letivo de 2012 - 2013, cerca de 1600 jovens darão entrada no ensino profissional devido ao alargamento da escolaridade obrigatória até ao 12º ano, que entrará em vigor a partir de Setembro.



“Isto representa uma oportunidade para os jovens aumentarem a sua empregabilidade e para a Região ver os açorianos qualificarem-se”, realçou o Diretor Regional do Trabalho, Qualificação Profissional e Defesa do Consumidor, considerando ser “importante a escolha de cursos de formação profissional de qualidade, assente na empregabilidade desses jovens”.

Rui Bettencourt falava à margem da reunião com as direções das Escolas Profissionais dos Açores, em Ponta Delgada, num encontro que contou com a presença da Diretora Regional da Educação e Formação.

Falando sobre a oferta formativa para o próximo ano, o governante regional explicou que desde 2003 os cursos são selecionados mediante critérios “muito rigorosos, através de um sistema único no país e que passa pela auscultação das empresas.”

Referindo-se às declarações recentes da líder do PSD/Açores que indicava que “as escolas profissionais devem ter cursos que correspondam às reais necessidades do mercado” e, “sobretudo, têm de criar os cursos que o mercado absorve e necessita”, Rui Bettencourt considerou ser uma questão “aquecida num micro-ondas para micro interesses eleitoralistas”, acrescentando que “há uma década que fazemos isto e agora é que alguém se lembra!”.

O Diretor Regional afirmou ainda que os estudos sobre essas necessidades de formação das empresas estão publicados, sendo o primeiro de 2003.

“Perguntamos a todas as empresas dos Açores que profissionais necessitam para os próximos anos, e em função das necessidades escolhemos os cursos. Para melhorar ainda a pertinência dos cursos verificamos também nos centros de emprego quais são as áreas com maior empregabilidade. Aprofundamos ainda, verificando no Sistema de Indicadores de Alerta, que setores de atividade vão ou não criar emprego. Auscultamos, igualmente, a Comissão Regional de Acompanhamento das Medidas de Emprego, atribuindo, assim, prioridades aos cursos mais pertinentes e excluindo do financiamento os que não apresentam empregabilidade”, explicou Rui Bettencourt.

“É por isso que desde 1998 mais de 20 mil jovens foram preparados pelo ensino profissional, dos quais menos de 200 estão desempregados”, referiu, destacando que o executivo açoriano tem “uma visão para a empregabilidade e existem prioridades ao nível de financiamento de cursos profissionais num sistema que a Europa nos inveja”, uma situação que, segundo Rui Bettencourt acontece apenas nos Açores e nalgumas regiões da Alemanha, França e Espanha.

“Ainda recentemente implementámos o sistema de monitorização dos alunos do ensino regular e profissional, sistema capital para pilotar a empregabilidade dos nossos jovens, o que ainda não foi feito a nível nacional, apesar de ser uma exigência da Troika para o 4º trimestre de2011 ”, salientou.

“Sobre tudo o que andamos a fazer, um dia destes virá a líder do PSD/Açores dizer que quer fazer exatamente o mesmo, mas já está feito”, criticou Rui Bettencourt, considerando que “a oposição tem para propor é aquilo que já está a funcionar”.



GaCS

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