sexta-feira, 13 de abril de 2012

José Contente desafia Primeiro-Ministro a explicar porque é que fibra ótica não avança


O Secretário Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos desafiou hoje o Primeiro-Ministro, de visita a São Miguel este fim-de-semana, a justificar aos açorianos porque é que o projeto da extensão do cabo de fibra ótica para o Grupo Ocidental ainda não avançou.


José Contente considera que este processo, da responsabilidade do Governo da República, já conheceu vários “incumprimentos e estranhezas ao longo do tempo” e incita Passos Coelho a esclarecer “porque é que um processo e um projeto que tem o visto do Tribunal de Contas não arranca. Desafio o Primeiro-ministro a responder aos açorianos”.

O governante, que hoje foi ouvido pela Comissão Permanente de Política Geral da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores sobre o projeto de resolução do PPM que recomenda o financiamento regular e a acessibilidade funcional das ligações à internet nas ilhas do Grupo Ocidental, falou ainda de outra incongruência, dirigindo-se à Portugal Telecom (PT).

“Entendemos que há aqui outra situação de incumprimento da própria PT que vende um serviço por um determinado preço e uma determinada velocidade mas que não existe na realidade”, disse José Contente, desafiando novamente a ANACOM a ter um papel mais ativo na defesa dos interesses dos florentinos e corvinos. “Nós já instamos a ANACOM a atuar enquanto entidade com legitimidade e autoridade ao nível das comunicações”, acrescentou.

O Secretário Regional considerou que este projeto de resolução apresentado pelo PPM não vem acrescentar nada de novo, sublinhando que esta iniciativa “não é mais do que já fizemos em outras situações, houve uma petição que foi discutida e aprovada na Assembleia Regional há pouco tempo com conclusões muito mais substantivas e menos simplistas do que esta”.

José Contente disse ainda que o Governo Regional tem pressionado o Governo da República para o cumprimento deste projeto, defendendo “intransigentemente os açorianos”. Por isso, é com “estranheza” que entende como é que um projeto que tem o visto do Tribunal de Contas não avance rapidamente, desafiando o “Governo da República a explicar-se rapidamente”.


Anexos:
2012.04.13-SRCTE-ResoluçãoInternetFlores.mp3


GaCS

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