sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Vasco Cordeiro aborda redução na Base das Lajes com Presidente da República


O Presidente do Governo dos Açores reafirmou hoje, em Lisboa, que é “responsabilidade do Governo dos EUA criar condições para que seja possível lidar com o impacto social e económico” de redução de efetivos militares na Base das Lajes, mas frisou também que o Estado português deve “assumir plenamente” a defesa dos interesses dos trabalhadores portugueses.

“O que o Governo dos Açores tem dito sobre esta matéria é a importância de o Estado português assumir plenamente a defesa dos interesses dos trabalhadores e das famílias dos trabalhadores da Base das Lajes e de colocar e evidenciar ao Governo dos EUA as consequências sociais e económicas da sua decisão”, afirmou Vasco Cordeiro, em declarações aos jornalistas depois de ter sido recebido em audiência pelo Presidente da República, no Palácio de Belém.

Antes desta audiência de cumprimentos, Vasco Cordeiro tomou posse como membro do Conselho de Estado.

O Presidente do Governo dos Açores, que foi também recebido esta tarde em audiência pela Presidente da Assembleia da República, recordou que a posição do executivo regional é a de considerar ser “responsabilidade do Governo dos EUA criar as condições para que seja possível lidar com o impacto social e económico da decisão” de reduzir os efeitos militares na Base das Lajes, que se estima que tenha um impacto de 6 por cento no PIB da ilha Terceira e de 1,5 por cento no PIB da Região.

“O entendimento de que essa responsabilidade é do Governo dos EUA tem subjacente o entendimento de que só assim se respeitará o espírito do Acordo de Cooperação e Defesa que existe entre Portugal e os EUA”, afirmou.

Vasco Cordeiro defendeu ainda a necessidade de “articulação e comunicação” entre os diversos intervenientes neste processo, nomeadamente os Governos da República e da Região, e os trabalhadores Base das Lajes, considerando que eles “devem ter o conhecimento por parte do Estado português daquilo que se está a passar ao nível do relacionamento entre os dois estados”.

Na audiência com o Presidente da República foi também analisada a situação financeira da Região, tendo Vasco Cordeiro salientado esperar que “os Açores tenham execução orçamental em 2012 sem qualquer derrapagem e sem qualquer desvio, o que leva a que a Região Autónoma não contribua para o défice do país”.

Esta situação “é fruto de uma gestão muito rigorosa das finanças públicas”, considerando Vasco Cordeiro que resulta do “mérito do anterior Governo Regional e da convicção de continuar neste caminho pelo atual Governo Regional”.

O Presidente do Governo dos Açores assegurou uma “colaboração e lealdade institucional” no relacionamento com o Presidente da República, sem abdicar da “frontalidade de manifestar os aspetos em que porventura podemos ter um entendimento diferente".



Anexos:
2012.12.07-PGR-AudiênciaPresidenteRepública.MP3


GaCS

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