quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Carlos César afirma que as empresas têm de ajustar-se à economia real

O presidente do Governo dos Açores manifestou-se convicto de que, face às dificuldades da conjuntura actual, “a economia empresarial terá necessariamente de se ajustar, em ainda mais algumas circunstâncias e ainda mais alguns casos, à economia real.”

Para Carlos César, isso quer dizer que as empresas açorianas “não estavam adequadas à dimensão regional da nossa economia, que havia muita artificialidade e que a crise financeira que agora se suscitou, a crise de consumo que agora se manifestou, não apanharam as nossas empresas com a competitividade e a solidez que deviam apresentar.”

Por isso, adiantou o governante, esse ajustamento vai prosseguir, provocando, em alguns casos, problemas relacionados com o emprego, o que leva o Governo Regional a não só ajudar as pessoas e as empresas em dificuldades, como, igualmente, a preparar com solidez o futuro.

“Há problemas para resolver na nossa empresa e na nossa sociedade”, garantiu, para logo acrescentar que esses problemas têm mais que ver com o “software” do que com as aparências.

“Isto quer dizer que nós precisamos de empresas realmente mais competitivas e que precisamos de pessoas realmente mais competentes”, afirmou Carlos César, para quem o Governo tem de ter uma acção muito cuidada no investimento no carácter reprodutivo da economia, na educação e na formação.

O presidente do Governo falava no decurso da cerimónia de entrega de onze habitações para realojamentos na freguesia dos Biscoitos, na ilha Terceira, durante a qual começou por se referir ao esforço que o seu executivo tem feito na área do apoio social.

Sublinhando a grande satisfação com que sempre vê concretizar-se mais uma etapa no caminho da satisfação, às populações mais carenciadas, do direito a uma habitação condigna, Carlos César não deixou, no entanto, de chamar a atenção para as responsabilidades que, a partir de agora, cabem aos novos moradores, concretamente a obrigação do pagamento das rendas, que oscilam entre os cinco e os quarenta euros.

“Estamos em presença de agregados familiares que, sem a nossa ajuda, não teriam esta possibilidade de ter uma casa, mas estamos em presença de famílias que em muito pouco, em pouco, ou em alguma coisa, evidenciam o seu contributo. E têm de o fazer, de forma pronta, assídua e responsável”, frisou, realçando que isso é um dever para com todos os açorianos que, com os seus impostos, permitiram o investimento na aquisição das habitações.

As onze casas ontem entregues nos Biscoitos vêm juntar-se a outras cinco onde foram já realojadas famílias afectadas pelo temporal que assolou a costa norte da ilha Terceira, em Dezembro último, representando, no total, um investimento de cerca de 1,5 milhões de euros.

O presidente do Governo recordou, a propósito, que, em Setembro passado, a primeira fase do realojamento no Bairro de Nossa Senhora de Fátima permitiu resolver os problemas habitacionais de 73 famílias, estando agora a decorrer a segunda fase, para mais 47 famílias, num investimento global que ronda os 10 milhões de euros.



GaCS/CT

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