quinta-feira, 15 de julho de 2010

Governo quer alargar ensino mediatizado



A Secretária Regional da Educação e Formação considerou hoje, no Parlamento açoriano, que a eventual criação de um curso único do ensino secundário na ilha do Corvo não garante a igualdade de oportunidades aos jovens daquela ilha.

Criar um curso único só para dizer que temos ensino secundário no Corvo não resolve o problema, afirmou Lina Mendes, adiantando que tal opção, a ser tomada, condicionaria a livre escolha desses alunos.

Na opinião da Secretária da Educação e Formação, a solução passa, por exemplo, pelo reforço dos apoios sociais aos alunos que se desloquem do Corvo para outras ilhas para poderem frequentar o ensino secundário.

Lina Mendes comprometeu-se, de resto, a promover o reforço desses apoios sociais – que presentemente variam entre os 250 e os 750 euros mensais aproximadamente – na próxima revisão do Estatuto do Aluno.

A titular da Secretaria Regional da Educação e Formação defendeu também o alargamento à ilha do Corvo do ensino mediatizado, que actualmente já conta nos Açores com 150 alunos matriculados, 100 dos quais frequentando o ensino secundário.

De resto, adiantou Lina Mendes, há já alunos do Corvo, maiores de 18 anos, que estão a fazer o secundário através do ensino mediatizado.

Reafirmou ainda o interesse do Governo em reforçar, técnica e pedagogicamente, o ensino mediatizado no arquipélago, adiantando que já existe trabalho feito no sentido de melhorá-lo.

Esta é uma resposta que corresponde aos dias de hoje e o Corvo tem também que entrar, como já o fez, nessa filosofia de utilização das novas tecnologias, conclui Lina Mendes durante a discussão de uma proposta de resolução do PPM, que viria a ser rejeitada, propondo a criação do ensino secundário regular na ilha do Corvo.

No ano lectivo que agora terminou, estiveram matriculados na Escola Básica Integrada Mouzinho da Silveira, no Corvo, 33 alunos, dos quais 18 frequentaram o 1.º ciclo, nove o 2.º ciclo e seis o 3.º ciclo.



GaCS/FG

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