O sector primário nos Açores produz, em termos globais, mais produtos alimentares do que aqueles que se consomem nos Açores.
Segundo informações disponibilizadas pelo Instituto Nacional de Estatística, entidade que em Portugal faz o apuramento do indicador relativo ao auto-aprovisionamento, cujas variáveis do consumo “per capita” e do “grau de auto-aprovisionamento” dão conhecimento acerca da relação entre a produção interna e a satisfação das necessidades internas do País.
Os dados estatísticos existentes não contemplam um indicador referenciador do grau de auto-aprovisionamento global do país, nem de qualquer das suas regiões, mas sim o grau de auto-aprovisionamento por produtos agrícolas.
A capacidade de produção portuguesa para satisfazer as necessidades do mercado interno apresenta valores semelhantes aos dos Açores, se tivermos em linha de conta o registo da produção com origem local. Produtos, como o leite e derivados, segundo os dados relativos ao ano 2008, apresentam um valor de 93,8%, ao mesmo tempo que para a produção de carne de bovino, em 2009, registou um valor de 52,8%; e os produtos hortícolas, em 2003/2004 e os produtos frutícolas, em 2008/2009, registaram, respectivamente, os valores de 155% e 65,3%.
No que se refere ao consumo “per capita” para Portugal e para os mesmos produtos, o leite e produtos lácteos é de 128,7 kg por cada habitante. Os portugueses consomem ainda, 18,7 kg de carne de bovino; 107,5 kg de produtos hortícolas; e 119,7 kg de produtos frutícolas.
O crescimento da produção nos Açores e os seus efeitos na utilização interna resultam do apoio ao investimento na agricultura, através do incentivo a uma melhor qualidade dos produtos e à divulgação e promoção privada e pública, através de apoios legalmente definidos pelo Governo dos Açores.
Acompanhando o sentido geral do crescimento da produção, estão os produtos hortofrutícolas que, em 2007, registaram uma área de cultivo de 413 hectares, espaço que, em 2008, subiu para 595 hectares, estando actualmente em 634 hectares, de acordo com os dados de 2009.
Para o Governo dos Açores, esta evolução positiva aconselha a manutenção das medidas de apoio existentes que, sempre que possível, serão objecto de revisão, adequação e melhoramento.
GaCS/LFC
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