O Subsecretário Regional das Pescas exortou, na noite desta sexta-feira, os agentes das pescas na Região, nomeadamente a Federação das Pescas dos Açores, a aproveitar as oportunidades que se abrem ao sector.
Marcelo Pamplona falava na sessão de encerramento do III Congresso das Pescas dos Açores, que decorreu ao longo de dois dias em Angra do Heroísmo, com o apoio do Governo açoriano, e em cujos trabalhos participou.
“Gostaria de deixar uma palavra de estimulo à Federação das Pescas dos Açores, para que, neste novo ciclo que se avizinha, reforce o seu papel no aproveitamento das oportunidades existentes na actividade da pesca da nossa Região, tarefa difícil, sem duvida, devido à diversidade do nosso sector extractivo, mas que é sempre possível com o envolvimento responsável e coerente dos representantes dos nossos pescadores”, disse o governante.
Por outro lado, alertou, “a gestão sustentada da nossa zona económica, com vista a tirar pleno partido das suas potencialidades, em particular a da actividade da pesca, só pode ter sucesso com o pleno envolvimento de todos os parceiros do sector, sejam da administração, cientistas, empresas ou pescadores”.
É por isso que é “crucial”, considerou Marcelo Pamplona, que as associações “tenham um papel mais activo no ordenamento das nossas pescarias e que consigam trabalhar para gerar consensos entre os diversos interesses das frotas de cada ilha”, de forma a encontrar soluções para uma melhor sustentabilidade e rentabilidade.
“Para nós não existem associações de 1.ª ou de 2.ª. Não existem associações mais novas ou mais antigas. Não existem associações com mais direitos do que as outras”, garantiu o Subsecretário Regional, acrescentando que qualquer associação “que represente os interesses legítimos dos seus armadores, seja grande ou pequena, seja da frota costeira ou local, tenha ou não tenha o título de organização de produtores, tem o pleno direito de participar na definição da nossa política regional de pescas”.
Por outro lado, Marcelo Pamplona referiu a importância do envolvimento dos cientistas nas questões do mar e na gestão das pescas, considerando o seu trabalho, em conjunto com os profissionais e com a administração, “fundamental para que se continue a desenvolver o sector dentro das capacidades de pesca existentes, sem comprometer o futuro, e ao mesmo tempo defender os nossos interesses no seio da União Europeia”.
O governante destacou, também, “o papel fundamental” que as mulheres desempenham em toda a fileira da pesca, onde já representam cerca de um milhar dos activos na Região, com cerca de 200 no sector da captura e as restantes na fileira da comercialização, transformação e tarefas administrativas.
A concluir, Marcelo Pamplona disse que “o tempo de globalidade que vivemos, bem como as melhorias que conseguimos, geram, como é natural, a expectativa de continuarmos a evoluir para alcançarmos outros patamares”, tarefa para a qual disse contar “com o envolvimento de todos os parceiros do sector para continuarmos a desenvolver social e economicamente a nossa Região”.
GaCS/FA
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