O Diretor Regional dos Assuntos do Mar visitou hoje a falésia a leste do Porto de Pescas de Rabo de Peixe, na Ribeira Grande, a fim de avaliar os danos causados pelas derrocadas que ocorreram naquele local a 4 de janeiro.
Filipe Porteiro afirmou que as derrocadas foram acompanhadas pelo “colapso de um descarregador de águas pluviais” ali instalado, acrescentando que as águas que eram encaminhadas pelo descarregador percorrem agora diretamente a falésia, contribuindo para o “aceleramento do processo de erosão”.
A Direção Regional dos Assuntos do Mar enviou esta manhã um ofício à Câmara Municipal da Ribeira Grande solicitando que seja avaliada a possibilidade de se desviar a descarga de águas pluviais daquele local para outro descarregador, de modo a evitar o agravamento da situação de instabilidade.
O Diretor Regional dos Assuntos do Mar lembrou que "o fenómeno das derrocadas é natural e é recorrente na costa norte de São Miguel”, considerando que “é difícil estabelecer uma relação de causa e efeito entre as obras do porto de Rabo de Peixe e as derrocadas que aconteceram agora”.
No dia 7 de janeiro, peritos da Secretaria Regional do Mar, Ciência e Tecnologia e da Direção Regional dos Assuntos do Mar já se haviam deslocado à falésia de Rabo de Peixe para um primeiro diagnóstico do ocorrido, tendo regressado ao local no dia seguinte, acompanhados por uma equipa do Laboratório Regional de Engenharia Civil (LREC), para avaliar o plano de ações corretivas a implementar.
Filipe Porteiro referiu que a necessidade de se proceder a uma intervenção de proteção da orla costeira na base da falésia irá ser equacionada com base nos pareceres técnicos do LREC, que ainda estão a ser elaborados.
GaCS
Sem comentários:
Enviar um comentário