O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia afirmou hoje, em Ponta Delgada, que a marcação do pescado pode ser um "passo determinante" para a valorização do peixe capturado no Mar dos Açores e para a "criação de rendimento na fileira da pesca”.
Fausto Brito e Abreu, que falava na apresentação do projeto-piloto de marcação de pescado açoriano, salientou que esta iniciativa vai permitir aos compradores de peixe acederem à página da Lotaçor na Internet, através de um código QR (Quick Response) presente na etiqueta, e recolher informação sobre o produto, garantindo a sua rastreabilidade.
O Secretário Regional do Mar lembrou que a rastreabilidade do pescado é “um dos desígnios da Política Comum das Pescas”, referindo que o Governo dos Açores e a Lotaçor estão a "testar tecnologias de marcação e a adaptar as bases de dados”.
A marcação de pescado, que será feita numa primeira fase em cerca de uma dezena de espécies de maior valor comercial, entre as quais o goraz, o cherne, o imperador e o pargo, será implementada nos Açores durante o próximo ano, através de apoios do Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas (FEAMP).
“A marcação de pescado, para além de diferenciar o peixe açoriano, permite facilitar o controlo e a fiscalização, combatendo a fuga à lota e evitando o mercado paralelo”, afirmou o Secretário Regional.
Brito e Abreu salientou ainda que esta medida, que integra o documento 'Melhor Pesca, Mais Rendimento', apresentado em abril, “associa o peixe dos Açores aos conceitos de sustentabilidade e pesca artesanal”.
“Marcar o pescado dos Açores é torná-lo único, destacando o caráter artesanal dos métodos de captura, o respeito por práticas de pesca responsável e a qualidade excecional do nosso ambiente marinho”, disse.
Para além da apresentação do projeto-piloto de marcação de pescado, foi também assinado esta manhã um contrato entre a Lotaçor e a Sociedade para o Desenvolvimento Empresarial dos Açores (SDEA) para que a ‘Marca Açores’ passe a constar do selo da Lotaçor enquanto “garantia de qualidade”, contribuindo para a promoção do pescado açoriano como um produto superior em lotas e mercados internacionais.
Na etiqueta aplicada ao pescado, para além da ‘Marca Açores’, estará o código QR que permite aceder rapidamente a informação sobre a espécie, a data e o local de captura e descarga, mas também sobre o método de captura, ou seja, a arte de pesca utilizada.
Brito e Abreu frisou ainda que a presença da ‘Marca Açores’ é um “poderoso instrumento de marketing que desperta curiosidade nos consumidores sobre o local de captura do produto”.
A apresentação do projeto-piloto de marcação de pescado foi uma das iniciativas do Governo dos Açores para assinalar na Região o Dia Nacional do Mar.
|
GaCS
Sem comentários:
Enviar um comentário