O Diretor Regional da Cultura afirmou que o Ecomuseu do Corvo é um “projeto de intervenção museológica que visa garantir a salvaguarda e a afirmação do património natural, histórico, paisagístico e cultural" desta ilha, "promovendo o desenvolvimento local e a qualidade de vida da população”.
Nuno Ribeiro Lopes, que falava terça-feira no Pavilhão Multiusos do Corvo, na sessão de apresentação e discussão pública do projeto do Ecomuseu, destacou os diversos tipos de levantamento necessários ao conhecimento profundo da realidade do núcleo antigo da Vila do Corvo.
Nesta sessão foram apresentadas diversas propostas de intervenção urbana, nomeadamente um novo modelo de iluminação para as diversas áreas do tecido urbano e o projeto de arquitetura, em formato tridimensional, do Museu do Tempo que, segundo o Diretor Regional da Cultura, representa “uma componente muito importante do Ecomuseu, enquanto sistema de redes multirrelacionais que articula polos, recursos e complexos de valor patrimonial, geridos nos respetivos contextos ecológicos e numa perspetiva de desenvolvimento social e local”.
Na ocasião, foram também apresentados o novo regime específico de proteção e valorização do património cultural móvel e imóvel do núcleo antigo da Vila do Corvo e as consentâneas propostas de reabilitação dos espaços públicos desta vila, tendo Nuno Ribeiro Lopes sublinhado a necessidade de publicação do Decreto Regulamentar Regional n.º 20/2015/A como forma de “responder às especificidades do Corvo”.
O diploma, que entrou em vigor a 28 de outubro, visa assegurar, segundo Nuno Ribeiro Lopes, que a reabilitação do centro histórico, que apresenta sinais de degradação física e abandono dos imóveis, “se faça de modo adequado ao seu estatuto patrimonial de conjunto de interesse público", atribuído pelo Governo Regional dos Açores desde 1997 e que, agora, no âmbito do projeto do Ecomuseu do Corvo, integra a estratégia de desenvolvimento da mais pequena ilha do arquipélago.
A apresentação do projeto do Ecomuseu do Corvo, concebido e operacionalizado através de uma colaboração entre o Governo Regional, a Câmara Municipal e a comunidade local, contou com uma significativa e interventiva presença dos habitantes da ilha, facto relevado pelo Diretor Regional da Cultura e pelos membros do Conselho Científico do Projeto do Ecomuseu, que enfatizaram o envolvimento das populações no processo de criação de uma realidade patrimonial e socioeconómica que seja economicamente viável e socialmente enriquecedora.
GaCS
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