Uma cultura de escola tem de se pautar por "valores e princípios claros", afirma Diretora Regional da Educação

A Diretora Regional da Educação afirmou hoje, na Ribeira Grande, que uma “cultura de escola” tem de se pautar “por valores e princípios claros” e deve promover uma “vivência de cidadania democrática e humanista, onde o saber ser e o saber estar, fora e dentro da sala de aula, são cultivados e valorizados”.

Fabíola Cardoso, que falava em representação do Secretário Regional da Educação e Cultura na cerimónia de entrega de prémios a alunos da Escola Secundária da Ribeira Grande, salientou que estas ideias fazem parte dos princípios e das prioridades do ProSucesso – Açores Pela Educação, o plano regional de promoção do sucesso escolar que começou este ano a ser implementado em todas as escolas do arquipélago.

“Os alunos que hoje sobem a este palco merecem os parabéns pelo seu desempenho, pela responsabilidade com que encaram a preparação do seu futuro, pelo envolvimento em projetos que alargam os seus horizontes e permitem o desenvolvimento de competências e capacidades fundamentais aos cidadãos do século XXI, como a inovação, o pensamento crítico, a iniciativa, a cooperação e a responsabilidade social”, frisou.

No ProSucesso, segundo com a Diretora Regional, alunos, professores e famílias são reconhecidos como “peças chave do processo educativo” e têm de, “cada vez mais, se assumir como uma equipa coesa, com objetivos comuns, com confiança e respeito mútuos”.

Na sua intervenção, salientou que cada um destes intervenientes “deverá assumir o seu papel, as suas responsabilidades”, acrescentando que “não se podem substituir, mas têm de cooperar para que cada vez mais alunos consigam fazer o seu percurso escolar no número de anos previsto”.

A Diretora Regional da Educação reafirmou, no âmbito do ProSucesso, “o empenhamento de todos em lutar por uma escola que se compromete com a qualidade das aprendizagens dos seus alunos, que se mobiliza e confia que é possível fazer mais e melhor, fazer diferente, desconstruir crenças que, por vezes, impedem a abertura à mudança”.

“Esta é uma luta que temos de travar e que temos de ganhar, porque cada aluno que fica para trás, para nós, não é um número, é uma vida que se adia ano após ano, e não podemos tolerar que a escola prenda ou até limite o futuro dos nossos jovens”, afirmou Fabíola Cardoso, frisando que, para alcançar sucesso na escola, não é necessário que os alunos “deixem de ser e de fazer o que qualquer criança ou adolescente gosta”.

“O que constrói um bom aluno, regra geral, é a forma equilibrada como gere o seu tempo, como define objetivos, como conhece e aperfeiçoa as técnicas de estudo que são mais adequadas à sua forma de aprender, mas também o modo como vive saudavelmente a sua infância, adolescência ou juventude”, salientou a Diretora Regional, acrescentando que, em casa, em cada família, “há também contributos importantes para o sucesso dos alunos e um dos mais decisivos é a confiança que os pais e encarregados de educação transmitem aos seus filhos sobre os docentes e o valor que atribuem à escola e ao saber”.

“É verdadeiramente importante que as famílias, que os encarregados de educação confiem nas escolas, confiem na competência dos professores, não diminuam perante os seus filhos a imagem do professor ou a importância da escola”, defendeu Fabíola Cardoso.

GaCS