quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Carlos César diz que não recebe "lições de portuguesismo" de nenhum titular de órgãos de soberania



O presidente do Partido Socialista nos Açores, Carlos César, assumiu esta terça-feira as «divergências» com o Presidente da República sobre os limites da autonomia regional, mas salientou que não recebe «lições de portuguesismo», de acordo com o que noticia a agência Lusa. «Não temos medo de defender uma autonomia mais forte e aprofundada porque não recebemos lições de portuguesismo de nenhum juiz, nem de nenhum titular de qualquer órgão de soberania», afirmou o líder regional socialista na apresentação do mandatário regional do PS às eleições legislativas.

O chefe do governo regional salientou que os Açores ficaram «com um Estatuto [Político-Administrativo] melhor, mas não com o melhor estatuto». Carlos César garantiu que vai «continuar a lutar».

«Está provado que é com a autonomia que os Açores se desenvolvem. Ao contrário do que alguns pensam, a defesa do interesse nacional não está na contenção ou na compressão dos poderes autonómicos, mas no seu pleno aprofundamento no quadro da unidade nacional», defendeu, admitindo que estes factos constituem «uma das divergências» que tem com Cavaco Silva e Ferreira Leite.

O líder regional socialista salientou também que «não vale a pena convencer o Presidente da República sobre as virtualidades das autonomias insulares», recordando que Cavaco Silva «já era assim quando era primeiro-ministro».

«O que vale a pena agora não é discutir mais este assunto, mas concentrarmo-nos nas eleições legislativas para garantir um governo que nos continue a defender e uma maioria que proporcione um processo de revisão constitucional onde seja possível resolver as dúvidas e as insuficiências que agora se colocaram a propósito da revisão do Estatuto», defendeu Carlos César.

O mandatário socialista nos Açores é Roberto Amaral, actual presidente da Electricidade dos Açores (EDA) e ex-secretário regional das Finanças.

«Escolhi-o porque ele é uma testemunha autêntica do que nos custou ter as competências autonómicas que hoje temos», destacou.


Fonte: TVI

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