
O Presidente do Governo dos Açores repudiou acusações segundo as quais a Região perdera verbas do POSEI.
Carlos César lembrou que o crescimento da produção de carne nos Açores – verificável pelo facto de mais de dois terços dos animais serem abatidos na Região e exportados em carcaça ou em formato de consumo – resultou num crescimento, para o triplo, do pagamento de prémios ao abate, e que isso só acontece porque o Governo acautelou, nas negociações do POSEI, em 2006, as verbas necessárias e suficientes para responder a esse crescimento.
“A propósito desse sucesso negocial do Governo Regional vem agora a oposição acusar-nos de perda de verbas comunitárias, acusação que, sendo falsa, mostra, no caso do PSD, que a ignorância e a desonestidade continuam a ser as suas armas políticas para denegrir o trabalho feito pelo governo e pelos produtores”, disse.
Explicando, frisou que “as verbas comunitárias que foram negociadas e acauteladas no POSEI não são transferidas para a Região; elas estão, sim, disponíveis para serem transferidas para o organismo pagador em função das candidaturas entregues pelos nossos agricultores. Estas candidaturas, aliás, têm crescido muito nos últimos três anos, em que já totalizam perto de 140 milhões de euros.”
Ou seja, prosseguiu Carlos César, deixou de haver rateios como os que se verificavam anteriormente, aumentaram as candidaturas porque também aumentaram as produções e não há nenhuma candidatura que não tenha sido paga por falta de verbas.
“Isto significa que as más-línguas de sempre estão agora a transformar em “verba perdida” os valores que não podiam, por força do respectivo regulamento comunitário, ser transferidos ou recebidos por não haver candidaturas que as esgotem. Podem enganar uns faladores mais incautos, mas não enganam os lavradores que conhecem essas regras muito bem”, afirmou.
O Presidente do Governo falava na cerimónia de inauguração do caminho dos ferros Velhos, nas Flores, e apontava a obra como mais uma peça importante no contexto da exploração agro-pecuária da ilha – uma vez que permite o acesso e exploração de mais de sessenta e cinco hectares de pastagem baldia – e também relevante do ponto de vista da qualificação da rede viária local.
A intervenção naquele caminho, em toda a sua extensão de 9,8 km, enquadra-se no plano de qualificação geral das estradas regionais das Flores, “recuperando-se um enorme atraso, pois há somente uma dúzia de anos todos os 74 km da rede viária existente tinham mais de trinta anos”, como sublinhou Carlos César.
O governante lembrou que desde 1996 já foram investidos cerca de 40 milhões de euros nas estradas das Flores, abrangendo 65% do sistema viário total, e anunciou que ainda este mês, o Governo espera adjudicar a reabilitação de mais 17 Km, intervindo desde o Alto da Matosa à saída de Santa Cruz e terminando no início da Recta das Lajes, num investimento de cerca de quatro milhões de euros.
GaCS/CT







Sem comentários:
Enviar um comentário