segunda-feira, 3 de junho de 2013

Museu Carlos Machado promove debate sobre "A Bíblia na canção americana"

O Museu Carlos Machado, em Ponta Delgada, promove sexta-feira, 7 de maio, no Núcleo de Santa Bárbara, a segunda conferência do ciclo “A Bíblia na Literatura e nas Artes”.

A conferência, que decorrerá a partir das 18h00, será proferida por Carlos Cravo Ventura, tendo como tema central “A Bíblia na canção americana: dois casos inspirados no Livro de Job”.

“A religião está no âmago da fundação da América como nação e foi, desde sempre, o cimento do seu espírito comunitário (ainda hoje bem visível, especialmente se sairmos das suas maiores cidades). Já durante o período colonial, em particular na Nova Inglaterra, a preocupação de dotar as comunidades com meios públicos para ministrarem, no mínimo, uma educação de nível elementar deve-se ao desígnio de todos serem capazes de ler a Bíblia, considerado o livro mais importante em qualquer lar, quantas vezes o único existente”, refere Carlos Cravo Ventura.

Nesse sentido, a palestra iniciar-se-á com uma referência a esta religiosidade prevalecente na vida americana e às suas manifestações na canção popular, quer na de matriz rural quer na de pendor mais urbano.

Nesta palestra serão depois analisadas as canções “Song of Job” (1970), do grupo Seatrain, e “The Sire of Sorrow (Job’s Sad Song)” (1994), de Joni Mitchell, sendo as respetivas letras apresentadas no original inglês e em tradução portuguesa.

O ciclo de conferências “A Bíblia na Literatura e nas Artes”, iniciado a 5 de abril, é uma iniciativa conjunta do Museu Carlos Machado e da Comissão Diocesana para a Cultura.

Pretende-se com este evento abordar, em conferências de periodicidade mensal, as diversas expressões que os textos bíblicos assumem nas linguagens plásticas e literárias, sobretudo como fonte de inspiração para criação de expressão cultural no mundo ocidental.

“Porque não vivemos num vazio simbólico – pelo contrário, contactamos diariamente com representações e interpretações que acabam por fertilizar o que somos e fazemos – intervir culturalmente não dispensa o conhecimento das bases da cultura ocidental, o que, por seu turno, obriga à revisitação dos nós que firmam o presente numa matriz de temas e símbolos que ajudam a definirmo-nos para além do instante precário", refere a Comissão Diocesana para a Cultura, a propósito desta iniciativa.




GaCS

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