sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Carlos César considera que o projecto SCUT vai trazer mais coesão económica a S. Miguel



O presidente do Governo dos Açores realçou o significativo impacto que o Projecto SCUT tem e vai ter na ilha de S. Miguel, quer em termos imediatos – com o envolvimento directo de mais de meio milhar de trabalhadores e, indirectamente, de outros setecentos, bem como de três dezenas de empresas participantes na obra – quer em termos futuros, na dinamização da economia de S. Miguel, permitindo muito maior coesão.

“Até agora nós vivemos, de um ponto de vista de economia, como ocupando uma parte da ilha de S. Miguel. O resto de S. Miguel funcionava como se fosse quase uma outra ilha e esta obra permite que haja uma integração económica e uma visão de conjunto da actividade empresarial e também da mobilidade social”, acrescentou.

Carlos César, que visitou hoje as obras em curso – concretamente o troço do Eixo Sul entre Água de Pau e Vila Franca e o troço do Eixo Norte compreendido entre a Ribeirinha e o miradouro de Santa Iria –, teve a oportunidade de se inteirar dos progressos registados e, no final do dia, mostrava-se satisfeito com o viu.

“É uma obra que é feita, apesar da sua dimensão, com grandes cuidados de integração paisagística, com uma grande minúcia do ponto de vista do estudo do seu impacto ambiental e do acompanhamento das consequências que estas obras têm sempre, com cuidados que têm que ver com a vida das nossas populações, desde o ruído até ao trânsito que é aliviado em zonas que hoje são muito martirizadas na ilha de S. Miguel”, sublinhou.

Afirmando que, nas vilas e freguesias da ilha, é importante que “exista uma vida para além da estrada”, o presidente do Governo manifestou-se convicto de que o projecto SCUT vai contribuir, de forma decisiva, para reforçar a identidade e a vida económica e social dos lugares.

“Portanto, esta obra é também uma obra de ordenamento do território, de ordenamento desses núcleos urbanos. É, talvez, a obra mais importante jamais realizada nesta ilha, também do ponto de vista da alteração do seu ordenamento e dos seus hábitos no plano económico e no plano social”, frisou.

Carlos César relativizou, por isso, as críticas que sempre aparecem neste tipo de obras, concretizando que “nós, quando partimos para esta obra, tivemos uma oposição muito feroz do PSD, particularmente da actual líder do PSD, que se manifestou contra esta obra, mas que estará, certamente, como deputada ou como presidente de Câmara, a assistir à sua inauguração com muito júbilo.”

O projecto SCUT, que melhorará, substancialmente, as acessibilidades na ilha de S. Miguel, representa um investimento superior a 350 milhões de euros e deverá estar concluído no final de 2011.



GaCS/CT

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