O Subsecretário Regional da Presidência para as Relações Externas destacou hoje, no Porto, a importância das comunidades emigradas na projeção externa dos Açores, defendendo também a necessidade do seu envolvimento na dinamização económica da Região.
“As nossas comunidades, pelo vasto número de Açorianos e de Açor-descendentes na diáspora, bem como os diversos territórios onde residem e, ainda, pela relevância que cada vez mais assumem na economia, política, ciência ou ação cívica nas respetivas sociedades de acolhimento, são claramente determinantes para uma efetiva internacionalização e projeção externa dos Açores”, afirmou Rodrigo Oliveira, na sessão de abertura da XVI Assembleia Geral do Conselho Mundial das Casas dos Açores.
“Contamos com todos aqueles que vivem a Açorianidade e que se sentem Açorianos, independentemente de onde residam ou da sua maior ou menor distância das ilhas que lhes serviram de berço, de referência ou de vivência”, frisou.
Rodrigo Oliveira destacou o papel desempenhado pelas Casas dos Açores enquanto “porta-estandartes” da história e cultura açorianas, embaixadas dos interesses da Região e portos de abrigo para todos os Açorianos, assegurou ser “forte intenção” do Governo dos Açores o aprofundamento da parceria com estas instituições, mas defendeu a importância da cooperação entre elas.
“Acreditamos que a ação de cada uma das Casas dos Açores sairá reforçada pelo conhecimento das atividades das restantes, pelo debate sobre novas perspetivas da sua ação e pela criação de sinergias que são potenciadas, precisamente, pelos trabalhos da rede do Conselho Mundial”, frisou.
Nesse sentido, considerou que “a atualização de uma agenda comum para as Casas dos Açores, cuja implementação conta com o apoio do Governo dos Açores, beneficiará, não apenas as comunidades residentes na diáspora, mas também os interesses da Região Autónoma dos Açores e do próprio país no exterior”.
“Ao contrário de alguns, não temos dúvida de que as Comunidades Açorianas, integradas e influentes em tantas áreas da América do Norte e do Sul, são um capital indispensável para o prestígio e a projeção externa de Portugal”, afirmou Rodrigo Oliveira.
Para o Subsecretário Regional, “este é um capital que importa mobilizar, especialmente em momentos decisivos e em questões cruciais nas relações bilaterais entre Portugal e os países de acolhimento, como é o caso dos Estados Unidos, nomeadamente, no que se refere ao dossier da Base das Lajes ou da Lei da Imigração”.
“Vivemos tempos que exigem um diálogo cada vez mais próximo entre entes públicos e os mais diversos parceiros. As Casas dos Açores são, neste contexto, parceiros privilegiados do Governo Regional na ligação entre as comunidades açorianas emigradas e as ilhas onde mergulham as suas raízes e os territórios e países de acolhimento”, afirmou
Para Rodrigo Oliveira, é importante neste contexto incluir as gerações mais novas, frisando que se se trata de “um potencial que deve ser despoletado pelas Casas dos Açores e trabalhado pelo Conselho Mundial, em colaboração com o Governo dos Açores”.
“Constitui um objetivo claro do Governo dos Açores incrementar a presença e a visibilidade açoriana no exterior das ilhas, numa ação direcionada aos emigrantes açorianos e aos seus descendentes, mas também a todos aqueles que com eles partilham os mesmos espaços físicos de residência ou que se inserem nas respetivas áreas de influência, nos mais diversos níveis e atividades”, salientou, recordando a aposta na dinamização da Marca Açores.
Nesse sentido, defendeu que as Casas dos Açores devem ser agentes de difusão da realidade açoriana junto das sociedades onde estão inseridas, nomeadamente através da promoção dos produtos regionais e da procura de oportunidades de investimento e de negócio.
“É imperativo criarmos sinergias que, por um lado, promovam os Açores como espaço privilegiado para o investimento e criação de negócios e, por outro, relevem a Região como um destino de excelência para se visitar e de onde provêm produtos de alta qualidade”, defendeu Rodrigo Oliveira.
Para o Subsecretário Regional, “graças às novas tecnologias, aos meios de comunicação e de informação e à facilidade de transporte, a separação física não é mais um motivo de afastamento entre os Açores e todas as suas décimas ilhas, espalhadas pelo mundo”.
“Uma maior abertura das Casas dos Açores às sociedades de acolhimento permitirá, por tudo isso, um melhor conhecimento da nossa Região, contribuindo igualmente para a afirmação das nossas comunidades na diáspora”, frisou.
A XVI Assembleia Geral do Conselho Mundial das Casas dos Açores, que decorre até sábado, conta com a presença de representantes das 13 Casas dos Açores que integram este órgão e de duas instituições observadoras, a Casa dos Açores da Baía, no Brasil, e o Clube Vasco da Gama, das Bermudas.
Durante os dois dias de trabalhos, além de um balanço da atividade desenvolvida pelas Casas dos Açores, serão analisados temas como os desafios que se colocam a estas instituições, o papel social que podem desempenhar e a sua importância na promoção dos Açores.
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