A maior redução será nas ligações entre Corvo e Flores, onde o preço do bilhete de avião cai 19 por cento, passando dos actuais 42 para 34 euros, acrescido de taxas. Nas restantes 'ilhas da coesão' (Santa Maria, Graciosa e S. Jorge), as tarifas aéreas descem 17 por cento. Os preços das ligações aéreas entre S. Miguel, Terceira, Pico e Faial sofrem uma quebra de 15 por cento.
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Tarifas aéreas nos Açores baixam entre 15% e 19% a partir de quinta-feira
A maior redução será nas ligações entre Corvo e Flores, onde o preço do bilhete de avião cai 19 por cento, passando dos actuais 42 para 34 euros, acrescido de taxas. Nas restantes 'ilhas da coesão' (Santa Maria, Graciosa e S. Jorge), as tarifas aéreas descem 17 por cento. Os preços das ligações aéreas entre S. Miguel, Terceira, Pico e Faial sofrem uma quebra de 15 por cento.
Nova fonte hidrotermal descoberta nos mares dos Açores
Protecção Civil alerta para mau tempo em todo o arquipélago dos Açores
O aviso diz respeito à possibilidade de chuva forte e refere-se ao período que teve início às 10:00 (11:00 em Lisboa) e se prolonga até à 01:00 (02:00 em Lisboa) de quinta-feira.
Este alerta abrange os três grupos de ilhas do arquipélago.
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Navio «Almirante Gago Coutinho» inicia hoje missão oceanográfica
O navio oceanográfico Almirante Gago Coutinho iniciou hoje uma missão científica em duas fontes hidrotermais localizadas ao largo dos Açores, envolvendo maioritariamente cientistas portugueses, que se vai prolongar até segunda-feira.
A investigação vai incidir sobre os campos hidrotermais Lucky Strike e Menez Gwen e será conduzida pela Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC), em conjunto com o Instituto Hidrográfico Português.
A bordo seguem mais de duas dezenas de cientistas de várias áreas de conhecimento, a maioria dos quais de nacionalidade portuguesa, que estão a acompanhar uma equipa científica oriunda de várias universidades europeias.
Fonte: Diário Digital
Carlos César diz que "Foi pior a emenda do que o soneto"
"O Presidente da República não encontrou justificação, nem explicações, para um ambiente de intriga e suspeição que foi lançado por um seu assessor e não por nenhum membro do partido do governo", afirmou Carlos César, também líder do PS/Açores, numa declaração à Lusa.
Para o líder regional socialista, "se a novidade era a de que o Presidente da República tinha chamado especialistas para dizer que o seu sistema informático é vulnerável, bastava o senso comum para se saber que a maior parte ou a totalidade dos sistemas o são, podendo até haver esse receio no Pentágono".
Nesta declaração, Carlos César defende, no entanto, que "o bom senso deve levar-nos a pensar agora no que é importante para o país", ou seja, a constituição do novo governo e as eleições autárquicas.
"Afinal, era isso mesmo que era importante agora", concluiu o presidente do governo regional açoriano.
A 18 de Setembro, o presidente do PS/Açores, numa das primeiras reacções políticas à divulgação do correio electrónico que envolvia um assessor de Cavaco Silva, tinha considerado "injustificável" o silêncio de Cavaco Silva.
"A falta de uma explicação do Presidente da República é, a meu ver, injustificável e causa uma generalizada perplexidade", afirmou Carlos César, na altura, também numa declaração à Lusa.
Plano para promover Açores arranca em Outubro
Vasco Cordeiro adiantou que uma das “novidades” deste plano é a entrada da transportadora aérea açoriana SATA no mercado escandinavo, passando a voar para Copenhaga a partir de Outubro, para Estocolmo em Fevereiro de 2010 e para Oslo a partir de Abril, substituindo os voos que eram assegurados em regime de exclusividade por um operador.
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Nos Açores, turismo rural representa quase 10% do setor
O turismo rural tem registrado um crescimento significativo nos Açores, onde representa cerca de 10% do setor, na sequência de uma aposta de promoção do contato com a natureza como um dos atrativos turísticos do arquipélago.
“Esta é uma das áreas em que melhor se concilia a imagem de marca dos Açores com o seu aproveitamento empresarial”, afirmou Vasco Cordeiro, secretário regional da Economia, em declarações à Agência Lusa.
Nesse sentido, salientou que a promoção do turismo em espaço rural “é uma aposta há algum tempo, porque se integra muito bem num dos maiores trunfos dos Açores, que é o contato com a natureza”.
Vasco Cordeiro frisou que “os turistas perceberam isso”, adiantando que este setor tem registrado “um crescimento significativo nos últimos anos nos Açores”.
Para promover este potencial turístico do arquipélago, vai ocorrer, de 15 a 17 de outubro, nas Velas, S. Jorge, a 5ª Bienal de Turismo Rural no Atlântico.
A reunião contará com a presença de convidados estrangeiros, como Herb Christophers, do New Zeland Departamento of Conservation, e António San Blas, da Reserva da Biosfera de La Palma, nas Canárias, tendo em vista uma “troca de experiências” que o executivo açoriano pretende que sirva para promover o potencial turístico do arquipélago ao nível do espaço rural.
“Este tipo de encontros constitui uma excelente oportunidade para todos os operadores açorianos do turismo em espaço rural”, afirmou Vasco Cordeiro, em sua intervenção na apresentação do encontro.
Nesse sentido, recordou que esta bienal “foi pensada como ponto de encontro para quem pretende trocar pontos de vista e validar opções para uma estratégia de turismo”.
A 5ª Bienal de Turismo Rural no Atlântico, que conta com mais de duas centenas de inscritos, pretende, segundo Vasco Cordeiro, “afirmar a região como uma referência ambiental, virada para o contato ativo com a natureza e, muito em especial, com o mar”.
A qualidade da oferta turística açoriana, o papel das empresas de animação turística, o turismo de mergulho e de observação de aves e a rede de percursos pedestres da região são alguns dos temas que estarão em debate nesta reunião.
Fonte: Agência Lusa
Açores integram rede de estações de geodesia e radioastronomia
"Este projecto integra uma rede mundial de estações, que, no caso dos Açores, terá um impacto directo, por exemplo, na determinação da velocidade de afastamento da placa tectónica em que assenta o arquipélago", salientou José Contente, secretário regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos.
A construção das duas estações de geodesia e radioastronomia envolve um investimento global de 12 milhões de euros, num projecto conjunto do Governo Regional dos Açores e do Instituto Geográfico de Espanha.
Este projecto, em que o executivo açoriano tem uma participação de quatro milhões de euros, envolve a construção de estações VLBI (Very Long Baseline Interferometry), que serão complementadas com um centro de controlo em S. Miguel.
"Os Açores estão a aproximar-se cada vez mais dos patamares mais elevados da tecnologia espacial", frisou José Contente, em declarações à Lusa, salientando o papel desempenhado pela estação de rastreio de satélites da Agência Espacial Europeia (ESA), em Santa Maria.
"Esta estação colocou os Açores no centro e não na ultra-periferia da Europa (em termos de tecnologia espacial)", afirmou, recordando que o arquipélago "é a única região do país que tem uma estação da ESA".
A estação da ESA em Santa Maria, inaugurada a 17 de Janeiro de 2008 no Monte das Flores, foi a primeira com capacidade para seguir os lançadores de satélites em todas as fases de propulsão.
Esta estação, que cobre uma grande área do Atlântico, beneficia de uma localização privilegiada, situada na trajectória dos lançadores de satélites, que passam sobre Santa Maria a uma velocidade de 28 mil quilómetros por hora.
No próximo ano esta estação desempenhará várias missões de elevada importância, entre as quais o acompanhamento do lançamento de satélites do projecto europeu de navegação Galileo e do foguetão Arianne, que transportará um ATP (Automated Transfer Vehicle) com mantimentos, combustível e material diverso para a Estação Espacial Internacional.
A estação da ESA em Santa Maria, além do rastreio de satélites, dispõe também outras valências, nomeadamente no quadro dos projectos CleanSeaNet, que detecta derrames de petróleo através de imagens de satélite, e Maritime Security Service, de segurança de navegação marítima.
As imagens recolhidas pelos satélites são "analisadas diariamente" pela Marinha Portuguesa, seja na área da poluição ou da segurança da navegação, afirmou à Lusa o porta-voz do Comando da Zona Marítima dos Açores, Brito e Abreu.
Turma suspensa numa escola dos Açores após casos de gripe A
"Por uma questão de prevenção, os alunos de uma das turmas não vieram hoje (segunda-feira) às aulas, mas a escola está a funcionar normalmente", assegurou Leonardo Amaral, presidente do Conselho Executivo, em declarações à Agência Lusa.
Leonardo Amaral confirmou terem sido registados casos positivos de Gripe A na turma H do 10º ano, mas remeteu para o Delegado de Saúde do concelho mais esclarecimentos sobre a situação.
"Accionámos o plano de contingência e demos conhecimento da situação ao Delegado de Saúde da Ilha de S. Miguel e do concelho da Lagoa, que decidiu a suspensão das aulas da turma, como medida de prevenção e para minimizar a propagação do vírus", acrescentou.
O presidente do conselho executivo da escola garantiu que os encarregados de educação dos alunos da turma "estão sensíveis" à decisão de suspender as actividades lectivas, garantindo que "foram todos contactados pessoalmente no domingo".
A suspensão está apenas hoje em vigor e a situação deverá ser novamente analisada durante a tarde, mas a actividade escolar continua a decorrer dentro da normalidade.
Açores aprimoram-se na localização por satélite
«As estações estarão todas concluídas até Maio de 2010 e, em algumas ilhas, haverá mais do que uma estação para permitir um maior rigor nas medições», afirmou José Contente à Lusa.
A estação de georeferenciação é considerada uma tecnologia fundamental em áreas como a cartografia, já que permite uma maior precisão. Actualmente, quase todas as ilhas do arquipélago dos Açores já dispõem de uma, mas o secretário regional explica que, «quanto mais estações existirem, maior será o rigor das medições».
A próxima estação de georeferenciação da rede permanente dos Açores vai ser instalada na ilha de Santa Maria, junto às instalações da Agência Espacial Europeia. A Agência Espacial possui uma estação de rastreio de satélites na ilha de Santa Maria, a única existente em Portugal. As estações de localização por satélite açorianas trabalham actualmente com o sistema GPS (Global Position System). Mas José Contente diz que aquelas estações estão preparadas para trabalhar com o Galileo, quando este sistema europeu de navegação por satélite começar a funcionar. Os dados emitidos por estas estações estarão disponíveis na Internet, no sítio da Rede Permanente da Região Autónoma dos Açores (REPRA).
Suspenso até Maio transporte marítimo de passageiros entre os grupos de ilhas dos Açores
A operação deste ano, que começou a 13 de Maio, encerrou cerca das 23h00 (24h00 em Lisboa) de domingo, quando o navio “Viking” atracou em Ponta Delgada, no final de uma viagem que teve origem em Vila do Porto, na ilha de Santa Maria.
Durante os próximos oito meses, é possível viajar de barco entre algumas ilhas do mesmo grupo, mas deslocações entre os três grupos de ilhas do arquipélago (Oriental, Central e Ocidental) apenas serão possíveis por via aérea.
No Grupo Ocidental, a lancha “Ariel” assegura, sempre que as condições do mar o permitam, as ligações entre as Flores e o Corvo. As viagens entre as duas ilhas são feitas às terças, quintas e sábados até 31 de Outubro e depois apenas às terças e sábados.
No Grupo Central, os quatro navios da Transmaçor asseguram ligações diárias entre as ilhas do Pico, Faial, S. Jorge e Terceira, mas não estão previstas viagens para a Graciosa.
No Grupo Oriental, o avião é o único transporte regular de passageiros nos próximos oito meses entre S. Miguel e Santa Maria.
Fonte: Público
Açores mantêm-se socialista
O PSD foi a segunda força mais votada, com 35,76 por cento dos votos, elegendo dois parlamentares.
O CDS-PP ficou em terceiro, com 10,3 por cento, seguido do BE, com 7,31 por cento, e do PCP/PEV com 2,17 por cento. Estes três partidos não elegeram qualquer deputado.
domingo, 27 de setembro de 2009
"A Madeira e os Açores não estão em perigo"
Ainda há tempo para inverter o aquecimento do planeta?
Estamos a tempo. O crucial é saber quando vamos atingir o máximo das emissões e começamos a reduzir. Se travarmos as emissões em 2020 - o que acho improvável - o aumento de temperatura será de dois graus. Se for em 2050, então será mais do que isso.
É possível parar o aumento nos 1,5 graus, como exige a AOSIS?
Acho que isso é uma meta irrealista. Basta pensar que, em relação aos níveis pré-industriais, a temperatura já aumentou 0,8 graus.
O que é preciso fazer para ficar pelos dois graus em 2020?
Teríamos de fazer um esforço muito grande. Seriam necessárias medidas como a criação de impostos sobre o carbono - que se está a fazer em França. Teríamos de ser mais eficientes no uso de energia, cortar no consumo, produzir mais energia renovável. Travar as emissões criará um peso muito grande sobre a economia, não há dúvida.
De que forma o aquecimento global ameaça Portugal? Os arquipélagos estão em risco?
Madeira e Açores não são vulneráveis. Porto Santo é a ilha que mais riscos enfrenta, mas mesmo essa não desaparecerá. No Continente, haverá inundações especialmente na ria de Aveiro e na ria Formosa, e nos estuários do Tejo e Sado.
É possível que as previsões estejam erradas?
Há dúvidas nas projecções e modelos climáticos. Mas cada vez temos mais certezas sobre o aquecimento do planeta.
Mesas de voto nos Açores abriram com normalidade
As 267 mesas de voto constituídas nos Açores para as eleições legislativas abriram hoje às 08:00 (09:00 de Lisboa), sem registo de qualquer anomalia no seu funcionamento.
Uma fonte dos serviços oficiais regionais, que acompanham o sufrágio no arquipélago, adiantou à agência Lusa que não existe informação de qualquer irregularidade na abertura das urnas nas nove ilhas.
Com previsões de bom tempo, cerca de 216.245 mil açorianos vão eleger cinco deputados à Assembleia da República, de cuja composição depende a formação de um novo governo.
Fonte: Expresso
Navios dos Descobrimentos concentrados nos Açores
"Os Açores detêm talvez a maior concentração a nível mundial de navios da Idade dos Descobrimentos". A afirmação é do arqueólogo Paulo Monteiro, que durante o seu trabalho na Carta Arqueológica Subaquática dos Açores, compilou cerca de 600 naufrágios ocorridos no arquipélago
Como foi a sua experiência de seis anos a trabalhar nos Açores e que importância tem para a Região a Carta Arqueológica Subaquática?
Nos seis anos em que me dediquei à arqueologia subaquática nos Açores destaco, sem sombra de dúvida, o verdadeiro desafio que foi o elaborar a primeira Carta Arqueológica Subaquática da Região, um trabalho feito documento a documento, em arquivos regionais, nacionais e internacionais, e que ainda hoje se encontra em actualização permanente.
Depois de anos a depender de informação escassa, fantasiosa ou de proveniência mais que duvidosa, a Direcção Regional da Cultura podia finalmente saber quantos eram, onde estavam e quais eram os navios naufragados no arquipélago.
No fundo, passou a deter uma ferramenta de gestão da informação sobre o património cultural subaquático, real e potencial, podendo geri-lo nas suas vertentes de salvaguarda, estudo e valorização.
Os naufrágios das águas açorianas têm a capacidade de vir a fornecer muitas respostas às questões que hoje em dia se levantam no que concerne à evolução do desenho e da construção naval em madeira, às práticas náuticas e aos circuitos de comércio e guerra naval pós-medievais.
Entre os Séculos XVI e XX, há registo de cerca de 600 naufrágios nos Açores, muitos deles de "navios de tesouros". Sabemos actualmente onde estão esses navios e temos meios - a nível regional ou nacional - para recuperar esses tesouros?
Os Açores detêm talvez a maior concentração a nível mundial de navios da Idade dos Descobrimentos.
Com efeito, situadas a meio caminho entre a Europa e o Novo Mundo, no centro de confluência dos ventos dominantes do Atlântico Norte, as ilhas dos Açores constituíram, desde o final da Idade Média, uma base de apoio à navegação europeia que regressava da Ásia, da África e das Américas e foram, muitas vezes, as testemunhas imperturbáveis do fim trágico de várias dessas viagens, em que fazenda, vida e honra se perdiam por entre a imprevisibilidade do mar e os actos de guerra próprios de uma nova ordem geopolítica mundial.
Contudo, mais do que mero folclore trágico-marítimo, os cerca de 600 naufrágios das águas açorianas constituem um santuário intemporal do património cultural subaquático.
Não os podemos ver sob a perspectiva do tesouro venal, do ouro, da prata e da porcelana chinesa. Eles são sim, muito para além das riquezas fabulosas que alguns transportavam, um testemunho único de um passado que moldou países, continentes e até civilizações.
Não nos podemos esquecer que, até ao advento do transporte aéreo, quase tudo e todos os que vinham para estas ilhas vinham a bordo de navios.
Tendo em conta os processos de naufrágio mais comuns nas ilhas, eu diria que cerca de 95 por cento dos naufrágios aqui ocorridos fizeram-se de encontro à costa. Logo, acho que é perfeitamente viável, com os meios que Região detém agora, fazer-se prospecção e escavação arqueológica dos navios que entender serem fundamentais para colmatar as lacunas que existem no conhecimentos sobre a construção náutica, por exemplo.
Aliás, isso mesmo tem vindo a ser feito com regularidade por José Bettencourt, um arqueólogo de superior valor técnico que, integrado no Centro de História do Além Mar e num projecto da Direcção Regional da Cultura e das Universidades Nova de Lisboa e dos Açores, tem vindo a desenvolver um trabalho notável na baía de Angra.
Em todo o caso, o grande problema, quer a nível nacional, quer a nível regional, não é tanto a detecção e a escavação de naufrágios... O problema é a fase que se segue, a da estabilização, conservação e restauro dos artefactos. Depois de 400 anos submersos em água do mar, estes necessitam ser submetidos a processos muito demorados e dispendiosos de conservação.
Infelizmente, não se apostou no País neste ramo do saber e pouco progredimos nesse campo desde 1996, ano em que tratámos um canhão de bronze recuperado ao largo de Angra com uma saca de 50 kg de citrato, pedida emprestada à empresa de refrigerantes FAV.
Quais foram os mais importantes naufrágios ocorridos nos Açores?
Não há propriamente uma listagem de naufrágios ditos "mais importantes"... Importa saber aquilo que cada investigador considera ser mais importante em termos científicos.
Numa opinião meramente pessoal, diria que qualquer vestígio de navio português é importantíssimo, pois sabemos hoje mais sobre os navios romanos do que sobre a forma como se construíam, equipavam e armavam os navios dos Descobrimentos.
Pelo mesmo ponto de vista, qualquer navio ibérico com tesouros a bordo é importante, pois nunca algum foi escavado arqueologicamente, sendo todos os que foram encontrados até agora pilhados e destruídos por caçadores de tesouros.
Assim sendo, importantes para estudo serão os vestígios da nau da Índia "Nossa Senhora da Luz", naufragada no Faial em 1615; os do galeão espanhol "Nuestra Señora de las Angustias y San José", perdido nas Flores em 1727 e os das naus perdidas na tempestade de 1591. Na Terceira, as nau-capitânia, "Santa Maria del Puerto", "Madalena" e "Revenge"; nas Formigas, o galeão "San Medel y Céledon"; na Graciosa, um patacho espanhol; junto ao Topo, em São Jorge, outras duas naus também espanholas e em São Miguel, duas naus das Índias Espanholas e um galeão biscaínho.
Os Açores estão protegidos, em termos de legislação, da "caça ao tesouro" estrangeira? Se não estão, o que deveria ser feito?
Portugal ratificou a Convenção sobre a Protecção do Património Cultural Subaquático, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
Esta Convenção entrou em vigor para os Estados que a ratificaram a 2 de Janeiro de 2009, sobrepondo-se, como Convenção internacional que é, à lei ordinária portuguesa.
No seu artigo Artigo 15º afirma-se que os Estados tomarão medidas para proibir o uso do seu território para apoio a qualquer actividade dirigida ao património cultural subaquático que não esteja em conformidade com a Convenção.
Por isso, havendo vontade política – e está-se a trabalhar nisso em termos interministeriais – qualquer navio que se dedique ao saque de naufrágios poderá e deverá vir a ser proibido de entrar em águas territoriais portuguesas, uma vez que a Convenção estabelece que o património cultural subaquático não deverá ser negociado, comprado ou trocado como bem de natureza comercial.
Como é que se caracteriza a "caça ao tesouro" e que tipo de instituições ou empresas a praticam?
Pilhagem e caça ao tesouro é tudo aquilo que incide em todos os vestígios da existência do homem de carácter cultural, histórico ou arqueológico que se encontrem parcial ou totalmente, periódica ou continuamente, submersos há, pelo menos, 100 anos e que não se reveja nas boas práticas instituídas pelo estado ético, metodológico e científico da arqueologia no momento.
Ou seja, enquanto a arqueologia é feita de acordo com regras científicas publicadas e segundo um código deontológico, aprovado e seguido pela grande maioria dos arqueólogos, o ‘esbulho’, a caça ao tesouro e a espoliação não seguem essas regras nem esse código.
A agravar este facto, há a regra não escrita que diz que não há uma maneira certa de escavar, porque escavar é destruir... Escavar um navio é como ir lendo um livro raro, único e ir queimando-lhe as páginas à medida que as vamos lendo.
Só se tem uma única oportunidade de registar tudo o que for possível registar. Se falharmos um pequeno detalhe, essa informação perder-se-á para sempre; por isso os arqueólogos têm de fazer registos rigorosos de tudo o que escavam.
Os caçadores, pelo contrário, não perdem tempo com estas coisas, pois "tempo é dinheiro"... Os caçadores de tesouros só se interessam por artefactos com valor de mercado e, pela própria natureza do objecto social das suas empresas, têm de pagar os salários com o produto da venda dos artefactos.
Ora, isso faz com que o objectivo da escavação não seja a aquisição paciente, rigorosa e demorada de conhecimentos que é o objectivo da arqueologia.
Por outro lado, se os arqueólogos estudam contextos - já que os artefactos não têm muito interesse fora do contexto em que foram encontrados - os caçadores recuperam-nos simplesmente, obliterando o contexto para sempre.
Imaginemos uma cena de um crime, com um cadáver na rua, de um homem assassinado: se o caçador de tesouros surgir em cena, revolver-lhe-á os bolsos, tirar-lhe-á a aliança e roubar-lhe-á a carteira, deitando os documentos fora e ficando com o dinheiro que tiver dentro... A vítima será enterrada, ficará para sempre incógnita e o crime por punir; mas se, pelo contrário, o arqueólogo surgir primeiro, então fotografará o cadáver, recolherá as impressões digitais na cena do crime, analisará as fibras de tecido, etiquetará tudo o que encontrar, identificará a vítima, avisará os seus familiares, dissecará o cadáver e, eventualmente, descobrirá os culpados.
Que fins são dados aos "tesouros" recuperados e quem regula essa actividade?
Os navios de um determinado período e de uma determinada cultura são um recurso finito.
Uma vez afundados e pilhados - ou escavados - desaparecem para todo o sempre.
Não são, literalmente, propriedade de alguém ou de um país em particular. São património da Humanidade.
O país ou a região que tem a sorte de os ter nas suas águas deve considerar-se como guardião de um recurso histórico precioso e envidar todos os esforços de forma a protegê-lo e estudá-lo, ou seja, gere-os em nome da Humanidade.
Bem feitos, esses esforços engrandecem quem os desenvolve, gerando mais-valias para a região, quer através da musealização desse património, quer por toda a dinâmica de investigação criada.
"Estrangeiros que se instalaram em Portugal estão por estudar"
Quando conheceu os Açores e os Dabney?
Uma coisa está ligada à outra. Vim aos Açores em 1988 sem nenhuma ideia preconcebida. Não sabia de nada do que aqui se passava a não ser que havia um anticiclone que era muito referido nos boletins meteorológicos. Comecei pela Ter- ceira e achei logo Angra do Heroísmo lindíssima. Depois vim ao Faial e aquilo que me espantou foram duas casas esquisitíssimas. Eu já tinha ido aos Estados Unidos, a Boston, e conhecia a arquitectura New England. E de repente lembrei-me de o Mário Mesquita em tempos ter escrito uma série de artigos no Diário de Notícias, que eu tinha achado fabulosos, sobre uma família americana do Faial. E percebi: isto são as casas dos Dabney.
Quando trabalhou os Annais , o que mais a surpreendeu nestes Dabney que em oitocentos chegaram ao Faial?
Eu gosto muito de ler relatos de viajantes estrangeiros sobre o meu país. E todos eles são cheios de preconceitos - como nós portugueses também temos preconceitos quando vamos a qualquer país. Tinha inclusivamente lido o relato sobre os Açores do Webster - que era um famoso professor de Harvard e primo de gente que tinha casa nos Açores. Ele escreveu um livro, creio que em 1821, e é muito duro e injusto para com os açorianos. Que eram todos preguiçosos, os morgados não faziam nenhum, não havia de-senvolvimento económico. É um livro escrito por um protestante e os protestantes têm sempre um olhar muito severo, crítico e injusto em relação aos países católicos. Ao contrário do Webster, os Dabney tentaram compreender as ilhas. E ajudaram-nos. Transformaram fisicamente o Faial. Não só com aquelas casas e armazéns que construíram, como com o dinamismo que imprimiram ao tráfego transatlântico, com a vida cultural. Os Dabney representam o que de melhor os Estados Unidos tinham para oferecer, que era o optimismo, o espírito empresarial, a capacidade de criar riqueza, a solidariedade familiar e a filantropia - ajudaram os habitantes do Faial em momentos de crise, de fome. Foram bons para a ilha.
Que sentido pode fazer a publicação deste livro hoje?
Acho que pode despertar o interesse por estudar a maneira como os estrangeiros se instalaram no nosso país. Eu faz-me impressão que, havendo comunidades estrangeiras radicadas há tanto tempo (como os ingleses ligados ao vinho do Porto) com arquivos e com cartas, não haja um grande estudo sobre a comunidade inglesa do vinho do Porto. Os portugueses não dão esse passo e eles mantêm a informação nos limites da família. A maior parte dos ingleses (como os Dabney), quer por razões de religião (porque são protestantes) quer por razões culturais, não se casa com os locais e os filhos são educados em Inglaterra. São ilhas dentro do país. Mas é interessante ver como é que se relacionam com o resto e espanta-me que isso não esteja mais desenvolvido.
Encantou-se com algum dos Dabney?
(risos) Acho que são todos eles homens dignos. Gosto daquele optimismo, porque eu não partilho daquele optimismo ontológico os americanos acreditam mesmo, veja-se o Obama, "Yes I Can". Eles são dessa pátria, os europeus não são dessa pátria. Achavam mesmo que eram capazes de fazer coisas e fizeram! Acho que o Charles W é o mais simpático porque o primeiro patriarca, o John Bass, ainda é muito um estrangeiro.
Este é um livro optimista?
É um livro que reconhece o enorme contributo que os estrangeiros podem dar a Portugal. Nós não devemos ser xenófobos, muitas vezes achamos que os estrangeiros vêm para explorar. Veja-se o caso do vinho do Porto ou o caso dos Dabney. Eles vieram cá ganhar dinheiro - e eram empresários, é normal que ganhassem dinheiro. Mas contribuíram para uma espécie de tom cultural que as sociedades sem eles não teriam.
Quem influenciou mais? Os Dabney aos faialenses ou vice-versa?
Acho que ambos influenciaram-se pouco. Isto era um ghetto. Era muito difícil o contacto, a percentagem de analfabetos era grande, não sabiam falar inglês, o John, o patriarca, não sabia falar português, a diferença cultural era total. E se não há contacto, não há influência. Eram dois mundos. Os Dabney pertenciam ao mundo de Boston e os faialenses ao mundo das crenças, das religiões, das promessas, achavam que os vulcões eram provocados pela ira divina.
Fonte: DN
sábado, 26 de setembro de 2009
Autarquia da Lagoa vai dotar ETAR com sistema de desidratração de lamas
A Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Água de Pau (São Miguel) vai ser dotada de um sistema de desidratação de lamas orçado em cerca de 172 mil euros, informou hoje a Câmara Municipal de Lagoa.
A autarquia adiantou que as obras deverão iniciar-se até ao final do ano, estando prevista a sua conclusão num prazo de quatro meses com o objectivo de melhorar as condições para o tratamento das águas residuais dos lares dos habitantes de Água de Pau.
A infra-estrutura responde, segundo a autarquia, às novas exigências ambientais permitindo, ao mesmo tempo, a reabilitação da zona da Baixa D'Areia e criando condições para a atribuição da Bandeira Azul naquela zona balnear.
Fonte: Visão
GNR apreende 20 quilos de cocaína nos Açores
A Guarda Nacional Republicana e os serviços aduaneiros de Angra do Heroísmo apreenderam esta sexta-feira 20 quilos de cocaína. A droga estava escondida dentro de um veleiro, aportado na marina da cidade.
De acordo com um comunicado da GNR citado pela edição online do ‘i’, o veleiro era proveniente das ilhas Virgens, nas Caraíbas. Um homem foi detido e já presente a tribunal, embora ainda não seja conhecida a medida de coacção que lhe foi aplicada.
Segundo as informações disponibilizadas pela GNR, anualmente passam cerca de duas mil embarcações de recreio pelos Açores, a maioria em trânsito entre a América e o continente europeu.
Um movimento que já levou a ONU a assinalar a região como um ponto na rota de tráfico marítimo de cocaína.
Fonte: Abola.pt
Revista de Imprensa dos Açores
O matutino micaelense Açoriano Oriental diz hoje em manchete que a "Região desrespeita limites de emissão de CO2" e que por esse motivo "falhou a meta do Protocolo de Quioto".
O jornal adianta que a conclusão é de um "estudo apresentado na Universidade dos Açores", no qual se revela que, "entre 1990 e 2004, as emissões de gases de estufa aumentaram 59 por cento nas ilhas", culpando "o progresso económico e social".
O jornal noticia também com destaque que foi "Adiada entrega de manuais gratuitos nas escolas", que só deverá "ser aplicada na melhor das hipóteses no próximo ano lectivo e apenas para os alunos do primeiro ciclo do Ensino Básico".
Fonte: Expresso
"Não quero apanhar gripe", dizem alunos dos Açores
Na Escola Básica Integrada da Maia, em São Miguel, nos Açores, há 43 casos de infecção com gripe A entre alunos, professores e pessoal auxiliar. A situação é complexa, mas a escola não vai fechar, garante o Governo (ver caixa). Pais e alunos estão preocupados e cautelosos, mas ambiente que se vive é de relativa calma.
"Não quero apanhar a gripe", diz um dos alunos que continua a ir às aulas, já que apenas os colegas doentes estão em casa de quarentena. "Fechem a escola", reclama outro.
Também há pais que defendem a suspensão das aulas. Mas Ana Maria não é um deles. "Devia haver mais preocupação e responsabilidade por parte das pessoas para não contagiarem as outras", diz a mãe. Se um miúdo não se sente bem, não deve ir para a escola".
Outra mãe, que tem o seu filho com a doença, garante estar a seguir à risca os conselhos das autoridades para escapar ao contágio. Por exemplo, isola a criança no quarto e quando ambos estão em contacto, fazem-no de máscara. Desinfecta também diariamente o quarto e a casa de banho.
Alguns dos residentes da Maia, uma freguesia da zona oriental do concelho da Ribeira Grande, apontam o dedo a "comportamento negligentes" na localidade, que fazem propagar ainda mais o vírus da gripe A.
Muitas pessoas infectadas com o H1N1 continuam a fazer a sua vida normal, sem adoptarem medidas preventivas para não infectarem outros. Há indivíduos infectados que se deslocam à farmácia "sem utilizar máscara", denunciam.
A preocupação agora surge com as aglomerações de pessoas em espaço pequenos e fechados, como é o caso dos transportes públicos.
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Homem incendeia casa de familiar
O detido, natural e residente na Ilha de São Miguel (Açores), ateou fogo à habitação de um familiar próximo, destruindo o imóvel e todo o recheio, causando um prejuízo consideravelmente elevado.
Segundo o comunicado da Polícia Judiciária, esta acção criminosa foi desencadeada por razões de vingança, dadas as constantes desavenças entre familiares.
O detido vai agora ser presente às autoridades para aplicação das medidas de coacção tidas por adequadas.
Sismo de fraca intensidade sentido na Graciosa
O Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA) informa que segundo o SIVISA, no dia 25 de Setembro foi registado um evento, às 12:00 h (hora local/UTC) com epicentro a cerca de 9 km a NNW de Santa Cruz da Graciosa.
De acordo com a informação disponível até ao momento, o evento foi sentido com intensidade máxima II/III (Escala de Mercalli Modificada) em Dores, ilha Graciosa.
Este evento enquadra-se no conjunto de alguma fraca actividade sísmica que desde o dia de ontem tem vindo a ser registada a N-NE de Santa Cruz da Graciosa.O SRPCBA e o SIVISA continuam a acompanhar o evoluir da situação.
Para obter mais informações veja a carta sísmica apresentada na página da Actividade Sísmica.
Gripe A: Governo dos Açores admite encerrar algumas turmas da Escola Eb 2/3 da Maia
A Secretaria Regional da Saúde admitiu hoje encerrar algumas turmas da Escola EB 2/3 da Maia, em S. Miguel, Açores, devido ao elevado número de casos de Gripe A (H1N1) ali registados.
"Está a ser ponderada a hipótese de encerrar algumas turmas da escola", refere uma nota de imprensa, divulgada no final de uma reunião entre o secretário regional da Saúde, Miguel Correia, e os delegados de Saúde de S. Miguel.
A reunião, destinada a fazer um ponto de situação sobre a evolução da Gripe A em S. Miguel, dedicou especial atenção ao Concelho da Ribeira Grande, o mais afectado, e, em particular, à Escola EB 2/3 da Maia.
Fonte: LUSA
Ministério condenado a pagar a pescadores
A acção foi interposta pelas associações de pesca açorianas em tribunal. Que deu como provado que o ministério teve uma atitude de "omissão ilícita e culposa" relativamente ao "dever" de fiscalização marítima da Marinha e Força Aérea Portuguesa (FAP). Por essa razão, o Ministério da Defesa terá de pagar aos pescadores "o montante dos prejuízos" que sofreram. Porém, o valor indemnizatório não está determinado porque os queixosos não conseguiram quantificar, até agora, os danos causados às comunidades piscatórias. Fá-lo-ão nos próximos tempos, de modo a que o montante seja fixado e "liquidado em execução de sentença". Independentemente disso, o presidente da Federação das Pescas dos Açores diz que a decisão, além de inédita, tem "extraordinária importância" para os 4 mil profissionais do sector, para a Região e para o próprio país. Sobretudo porque, segundo Liberato Fernandes, permite "reforçar perante a União Europeia (UE) a defesa dos interesses de toda a pesca e recursos marítimos de Portugal".
Considerado como facto provado é que a Marinha e a FAP deixaram de fazer fiscalizações nos mares do arquipélago para além das 100 milhas, antes e após a publicação do Regulamento do Conselho Europeu nº 1954/2003, que abre parcialmente a ZEE açoriana às frotas de pesca estrangeiras. "Por força das grandes frotas de pesca, como é o caso da espanhola e da de outros estados, os recursos haliêuticos estão a ficar cada vez mais escassos, atenta a grande quantidade de embarcações e artes depredadoras aplicadas", conclui. O acórdão revela ter sido do conhecimento das autoridades, regionais e nacionais que em 2004 mais de 60 embarcações espanholas pescaram entre as 100 e 200 milhas da ZEE açoriana. Uma constatação que leva a conceber o pior cenário. O de que a omissão de fiscalização "acarreta, e acarretará no futuro, danos irreversíveis na conservação dos ecossistemas" inerentes a cada um dos bancos de pesca. A sentença dá ainda conta que, a partir de Novembro de 2003 e até Março de 2004, passaram a vir para a ZEE açoriana mais de 40 embarcações espanholas por mês para a captura intensiva do espadarte, tintureira e rinquin.
O Ministério da Defesa deverá recorrer desta decisão para o tribunal superior.
A notícia espoletou a pronta reacção de Paulo Portas, que exerceu o cargo de Ministro da Defesa à altura dos acontecimentos. Portas admitiu a impossibilidade de fazer fiscalização sem recursos, mas desvaloriza as críticas, sobretudo as proferidas pelo presidente do Governo Regional, Carlos César, que o acusou de favorecer mais os pescadores espanhóis do que os açorianos. Tudo porque só assumiu a pasta da Defesa a partir de Agosto de 2004. Nessa altura, confirmou ter-se deparado com a existência de meios de fiscalização obsoletos nas Forças Armadas. E foi justamente por essa razão que, adiantou à Lusa, "mandei construir navios de patrulha oceânica e lanchas rápidas" nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo.
O social-democrata, Mota Amaral, também reagiu. E para salientar que o acórdão do Tribunal Administrativo de Ponta Delgada abre um precedente de responsabilização do Estado. Mas, ainda mais longe nas críticas, foi o cabeça de lista do PS Açores à Assembleia da República. Ricardo Rodrigues constata uma situação de défice de fiscalização da ZEE regional por parte do Estado. "Um Estado que não trata do seu terreno, do seu mar e do seu espaço geográfico, é um mau Estado", sublinhou em declarações ao Açoriano Oriental e Rádio Açores/TSF.
Atlântida em testes de mar para servir a armador luso-canadiano
Estes testes incluem uma viagem do Atlântida desde a doca da empresa, onde se encontra parado desde Maio, até ao mar, tendo a bordo representantes do armador luso-canadiano BCF, interessado na sua aquisição. O avanço nesta negociação é tal que uma delegação do armador vai estar presente na empresa na segunda-feira para acompanhar estas provas de mar, em que pretendem ver o comportamento e funcionamento do ferry. Este armador, além da vontade em adquirir o Atlântida, também já admitiu a necessidade de, a concretizar-se o negócio, solicitar aos ENVC uma alteração na porta de ré, que foi concebida, inicialmente, para a acostagem nos Açores.
A empresa pública encara esta possibilidade de negócio como forte, tendo em conta que tudo poderá estar dependente da avaliação que será feito, em mar, ao navio, juntando-se esta proposta a outra, de um armador norueguês, igualmente tida como "muito credível" para os ENVC. A empresa pública de Viana procura sobretudo um negócio que, naturalmente, ficará abaixo dos 49,5 milhões de euros inicialmente previstos no negócio com os Açores, mas que poderá acabar com o arrastar de um processo que tem manchado a credibilidade da unidade.
Ligações para os Açores estão asseguradas, diz a TAP
No Aeroporto João Paulo II, em Ponta Delgada, já aterrou o primeiro voo proveniente de Lisboa previsto para este dia, estando o segundo previsto para as 14:00 (15:00 em Lisboa).
No Aeroporto das Lajes, na Terceira, o único voo proveniente de Lisboa previsto para hoje tem chegada prevista para as 19:55 e, segundo fonte daquele aeroporto contactada pela Lusa, está assegurada a sua realização.
No Aeroporto da Horta, no Faial, já aterrou o único voo proveniente de Lisboa que estava previsto para hoje.
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Valorcar alarga actividade aos Açores
«Com esta licença completa-se o processo de licenciamento da Valorcar para gerir VFV em todo o território nacional», salienta Ricardo Furtado, director-geral da Valorcar, ao AmbienteOnline. Estima-se que sejam produzidos nesta região cerca de 3 000 VFV por ano.
Numa primeira fase, acrescenta o responsável, «pensamos ter cerca de quatro centros de abate, embora isso vá depender do número de candidaturas que viermos a receber e das características dos candidatos».
A entidade gestora vai agora começar a seleccionar os centros de abate de VFV que integrarão a Rede Valorcar naquele arquipélago. Até ao final do ano algumas unidades acorianas já deverão integrar a Rede Valorcar, que actualmente é constituída por 53 centros de abate em território nacional.
Mota Amaral diz que 'caso das escutas' é "ruído na comunicação"
O candidato social-democrata manifestou-se, no entanto, "despreocupado com estas questões" e concentrado "no esclarecimento do programa aos eleitores", a quem pediu para "apreciar a credibilidade dos seus protagonistas, o que coloca o PSD em vantagem".
Mota Amaral, que falava aos jornalistas depois de ter visitado o Tribunal da Praia da Vitória, na Terceira, defendeu a necessidade de uma "reforma das reformas que foram feitas no sector da justiça".
O candidato do PSD alertou, no entanto, que "as alterações a fazer serão em benefício da segurança dos cidadãos", alegando que "o que se sente nestes últimos tempos é que aumentou a insegurança e há muito mais crimes e menos presos e condenados".
De acordo com Mota Amaral, "devia-se ter ouvido mais atentamente aquilo que disseram os operadores de justiça", para se "evitar efectuar reformas sem envolver os que estão directamente no sector".
No caso dos Açores, considerou ser "indispensável" o preenchimento dos quadros nos tribunais da região e efectuar obras de manutenção nos palácios judiciais.
Fonte: DN
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Carlos César quer votos da CDU e BE para impedir um Governo PSD
"O meu conselho é que votes no PS", afirmou Carlos César, dirigindo-se a Aníbal Pires, seu homólogo comunista, quando ambos se cruzaram em acções de campanha em S. Miguel, acrescentando que "cada voto na CDU e no BE faz sorrir Manuela Ferreira Leite".
Carlos César admitiu, posteriormente, aos jornalistas que não estava à espera de conseguir convencer Aníbal Pires a votar no PS, mas ressalvou que a conquista de votos dos eleitores indecisos é uma das suas prioridades.
Carlos César anuncia a criação de um Centro de Estudo e Investigação das Migrações
O presidente do Governo dos Açores anunciou esta manhã a intenção governamental de criar, na cidade da Ribeira Grande, um Centro de Estudo e Investigação das Migrações.
Carlos César falava no decorrer da cerimónia de inauguração do Arquivo da Presidência do Governo dos Açores e acrescentou que o referido Centro de Estudo “deverá agregar os esforços e as funcionalidades já disponibilizadas pelas bases de dados do Museu da Emigração, dos arquivos da Direcção Regional das Comunidades e dos fundos das bibliotecas e arquivos da Região sobre a temática das migrações, e servir de elo de ligação com os centros de investigação das diversas universidades da diáspora açoriana com trabalho relevante na matéria.”
Disponibilizar a todos os interessados um importante conjunto de documentação, de estudos e ensaios e, ainda, de literatura sobre as migrações, é um dos objectivos do futuro centro, pretendendo-se ainda estabelecer ligações com outros arquivos, bibliotecas e centros de estudos existentes em países de acolhimento da nossa emigração, como é exemplo o Arquivo da Universidade de Dartmouth, nos Estados Unidos.
Referindo-se ao Arquivo que acabava de inaugurar, o governante sublinhou que – para além da recolha e tratamento de toda a documentação produzida pela Presidência do Governo e organismos dependentes – naquele novo espaço funcionará a Comissão Coordenadora para os Arquivos da Região Autónoma dos Açores nomeada este ano.
Essa comissão está incumbida de assegurar a realização do projecto do regime geral dos arquivos e do património arquivístico da Região Autónoma dos Açores, encetando esforços no arranque efectivo de uma verdadeira política de gestão documental integrada.
Trata-se, como disse Carlos César, de uma política arquivística que pretende colmatar lacunas de organização e de preservação documental, possibilitando, em simultâneo, uma desejável interacção entre a comunidade e o acervo.
“Um país ou região que negligencia a informação e, como tal, os seus arquivos, põe em causa as suas origens, a sua identidade e condiciona o seu desenvolvimento. Conhecermos o nosso passado, todos o sabemos, é a melhor forma de entendermos o presente e prepararmos o futuro”, afirmou.
O Arquivo da Presidência do Governo Regional dos Açores está instalado no antigo edifício dos Bombeiros Voluntários da Ribeira Grande e resulta de uma cooperação entre o executivo e a Câmara Municipal daquele concelho.
Fonte: GaCS
Governo dos Açores adopta programas de proximidade para prevenir e combater toxicodependências
A medida pioneira é a constituição de um posto móvel nos concelhos de Ponta Delgada e Ribeira Grande (S. Miguel), destinado à administração de Opiáceos de Substituição, em Baixo Limiar, com capacidade para atender uma centena de utentes.
O projecto destina-se à população toxicodependente que não adere aos programas de tratamento em instituições específicas e que persiste no consumo patológico, ao mesmo tempo que tenta cativar essas pessoas para um programa de reinserção social.
Outro dos novos programas é o "Xpressa-te" que será desenvolvido em locais de diversão nocturna e na proximidade de estabelecimentos de ensino, inclui a distribuição de "O Livro das Substâncias", com informações sobre todos os tipos de drogas e as suas consequências.
"Um Guia de Sobrevivência Nocturna", tem informações sobre defesa de eventuais situações de perigo, conselhos como ter o telemóvel sempre carregado, não aceitar boleia de jovens que tenham consumido álcool e não abandonar o seu copo, porque a bebida pode ser intencionalmente adulterada, sem que se tenha apercebido.
De acordo com Miguel Correia "as novas políticas de combate às dependências têm como pano de fundo uma política de proximidade".
As novas instalações da Direcção Regional de Prevenção e Combate às Toxicodependências ficaram localizadas na praça principal da cidade da Praia da Vitória (ilha Terceira) num edifício cedido pela Câmara Municipal.
SAG da Horta é o único dos Açores que ainda não funciona
«O espaço existe e está devidamente equipado, incluindo uma sala de isolamento, mas não há médico destacado para o serviço», afirmou Luís Bruno, que se demitiu em Julho devido a desentendimentos com a Secretaria Regional da Saúde, mas ainda não foi substituído na administração do Centro de Saúde da Horta.
Numa altura em que todos os centros de saúde do arquipélago dos Açores já dispõem de espaços próprios para receber os doentes com sintomas de gripe A, no Faial os doentes continuam a ter que recorrer aos serviços de urgência do Hospital da Horta.
Pescadores 'proíbem' pescar em mares dos Açores
Algumas comunidades de pescadores nos Açores estão a criar áreas de reserva natural com o objectivo de evitar a pesca e permitir a reposição dos stocks de peixe.
Mas, ao contrário do que é hábito, esta iniciativa não nasce de uma imposição do Governo, feita através de decreto legislativo regional. Desta vez, são os próprios pescadores que estão a declarar determinadas áreas como reservas voluntárias.
A ideia foi inicialmente aplicada pela comunidade piscatória da mais pequena ilha dos Açores, o Corvo, e agora estendeu-se às ilhas do grupo Ocidental e Central, ou seja, as Flores, Faial, Graciosa, Pico, São Jorge e Terceira.
Os pescadores estão a tomar esta medida para proteger espécies de pesca como o pargo, veja, bicuda, goraz e boca-negra. Mas também de espécies para observação subaquática, como o mero.
O director regional do Ambiente, Frederigo Cardigos, acredita que este movimento vai chegar rapidamente a todas as ilhas, sobretudo quando os pescadores começarem a sentir os efeitos práticos da iniciativa. Isto é, "quando perceberem que, pelo facto de declararem uma área como reserva interdita à pesca, assistem a efeitos extraordinariamente positivos e multiplicativos nas áreas marinhas à volta", esclarece aquele responsável.
A criação de reservas voluntárias tem, segundo Frederigo Cardigos, vantagem para a economia a dois níveis: "Primeiro para o turismo subaquático; segundo, a longo prazo mas com consequências económicas muito mais vastas, para a disponibilidade dos stocks de peixe para a pesca."
O director regional do Ambiente acredita ainda que, com a aplicação de medidas restritivas nos mares açorianos - quer sejam impostas pelo Governo ou resultantes do voluntarismo dos profissionais do sector -, o peixe vai reproduzir-se e aumentar em quantidade e tamanho. Desta forma, reforçam-se os rendimentos dos pescadores e potenciam-se outras actividades como é o caso do turismo do mar.
Outro dos efeitos da existência de reservas voluntárias em zonas oceânicas mais vastas é provocar um fenómeno conhecido por derrame: os cardumes atingem um grau de robustez e mobilidade tal que se expandem para outras áreas marinhas limítrofes, aumentando a zona onde o peixe existe.
Frederico Cardigos salienta, porém, que a declaração de reservas voluntárias "não pode ser aplicada a todos os locais, nem a áreas extraordinariamente vastas". Mas é um "exemplo a seguir", frisou.
Nos Açores há quatro mil pescadores que no ano passado pescaram 11 500 toneladas de peixe, correspondendo a 35 milhões de euros.
Segundo apurou o DN, os profissionais já sabem que este ano o valor da pesca será mais baixo devido ao facto de o peixe estar a diminuir e de o seu valor comercial ter caído.
Fonte: DN Sapo
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Edifício do Arquivo da Presidência do Governo dos Açores inaugurado amanhã
O Presidente do Governo dos Açores inaugura amanhã, dia 23 de Setembro, o edifício de Arquivo da Presidência do Governo Regional dos Açores, na cidade da Ribeira Grande. O antigo edifício dos Bombeiros Voluntários da Ribeira Grande foi adaptado a um espaço capaz para receber o Arquivo da Presidência do Governo dos Açores, através de um contrato ARAAL entre a então Secretaria Regional de Habitação e Equipamentos, actual Secretaria Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos, e a Câmara Municipal da Ribeira Grande.
O Arquivo da Presidência do Governo Regional dos Açores possui, para além da documentação da Presidência do Governo, documentação proveniente de outros organismos dependentes da Presidência do Governo, nomeadamente da Direcção Regional das Comunidades e do Gabinete do Subsecretário Regional para os Assuntos Europeus e Cooperação Externa.
No que se refere à informação da Presidência do Governo dos Açores, há a salientar importantes fontes para a história da região, tais como os acordos bilaterais entre Portugal e os EUA (conhecido pelo Acordo da Base das Lajes) e entre Portugal e a França (o acordo Luso-Francês), assim como também outras fontes relativas a questões ambientais e ao processo de integração europeia.
Para este novo espaço da Presidência do Governo existem alguns projectos, uns em estudo, outros já em fase de desenvolvimento, no que concerne ao sistema de arquivo e ao fundo bibliográfico, como ainda no âmbito da cooperação com outros organismos regionais, nacionais e estrangeiros ,nomeadamente na diáspora.
Ainda a funcionar neste novo espaço estará a Comissão Coordenadora para os Arquivos da Região Autónoma dos Açores, órgão regulador do regime dos arquivos e do património arquivístico para os organismos da administração regional autónoma.
Este novo espaço tem como grande público-alvo investigadores, entre eles historiadores das áreas de estudos políticos, culturais, sociais, económicos, ambientais, entre outros.