Ao longo das últimas quatro campanhas de recolha de leite nos Açores, a produção de derivados de maior valor acrescentado, como o queijo, tem tido um significativo incremento: cerca de 750 toneladas por ano o que significa uma afectação superior a 7,5 milhões de litros de leite transformado em queijo.
A informação é avançada pelo Governo dos Açores, em resposta a um requerimento de deputados da oposição no Parlamento Açoriano.
O esclarecimento do Governo, entregue na Assembleia Legislativa Regional, revela que a evolução da tendência para o aumento da produção de queijo e para o lançamento de novos produtos com maior valor acrescentado, como o queijo fatiado e ralado, assim como novos queijos, como são exemplos as marcas “Moledo”, na Ilha do Faial, e “Mistério”, na Ilha do Pico, para além do claro aumento da produção de leite UHT, que passou de 17 milhões de litros em 1996 para o registo de 99 milhões de litros na última campanha, são dados positivos para o sector dos lacticínios.
Contrariando as afirmações escritas pelos deputados regionais, que apontam que a "indústria de lacticínios nos Açores estão a transformar mais leite em produtos de baixo valor acrescentado, como é o caso do leite em pó", o Governo clarifica que o aumento da produção queijo e leite UHT contrastam de uma forma positiva com a tendência para a estabilização da produção de leite em pó, que em 1996 registava o valor de 16000 toneladas, num universo de 370 milhões de litros de leite recolhidos na produção, para, na última campanha, assentar em 17000 toneladas, o que representa apenas um aumento de 1000 toneladas, mas agora num universo de 540 milhões de litros de leite recolhidos.
A fileira do leite é a principal actividade económica dos Açores e na área da sua indústria de transformação, as duas maiores cooperativas dos Açores - Unileite e Unicol -, que não recebem apoios governamentais, são responsáveis pela laboração de 85% do total do leite transformado pelo sector cooperativo.
GaCS/LFC
Sem comentários:
Enviar um comentário